Mas foi no quarto bloco, onde os candidatos poderiam fazer perguntas uns aos outros, que Pimenta fez a sua principal crítica a Pimentel, que, segundo sua assessoria de imprensa, ainda está debilitado por conta de uma faringite. "Quero fazer a minha pergunta ao Pimentel. Ele está ultrapassando todos os limites da desconsideração com o eleitor. Ele será candidato mesmo tendo cinco processos judiciais por improbidade administrativa e corrupção? Um candidato com cinco processos graves, de desvios e lavagem de dinheiro ainda se apresenta como candidato. E nos últimos dias ele foi condenado, que pode levar a uma condenação de 17 anos. Isso não é correto. O PT está sonegando os fatos. Isso não faz jus às tradições mineiras", disparou Pimenta.
E em suas considerações finais, Pimenta também menção ao petista. "Gostaria de deixar uma reflexão. Com todo o respeito aos outros candidatos, essa eleição está polarizada entre PT e PSDB. Eleitor, você quer seguir o modelo do PT de governar, que trouxe recessão, inflação alta, desemprego está batendo na porta e agora o caso Petrobras, que está virando 'Petrolão' (em referência ao mensalão), coisa tenebrosa?", declarou. Ele ainda comentou que Pimentel "deixou a ética de lado, abandonou a verdade e está usando como arma a mentira." "Quer seguir com PT para entregar a Cemig, a Copa, a quem destruiu a Petrobras? Ou votará em nós, que temos grande projeto de transformação para Minas e queremos continuar avançando?", falou.
Mineração, hospitais, segurança
O debate, no geral, não teve grandes enfrentamentos. Mas Tarcísio Delgado (PSB) e Fidélis Alcantara (PSOL) rebateram Pimenta da Veiga em alguns temas, como segurança, saúde e educação. "Pimenta diz que tem investimento para a segurança, mas Minas tem o mais alto índice de criminalidade, nos últimos cinco anos. As publicações estão aí, estou apenas repetindo o que a imprensa fala. E essa falta de segurança fez o Estado perder competitividade. As empresas fogem de Minas ou não vem para cá, porque o Estado está muito violento", disse.
Já Fidelis rebateu as informações do tucano sobre os hospitais regionais. "Só o hospital de Uberlândia está pronto. O de Ibirité não está pronto. (...). O resto dos hospitais que você citou está em construção. Aécio Neves (PSDB) prometeu esses hospitais em 2006. Estamos em 2014. Parece piada, é falta de respeito com a população", disse. "Querem criticar o governo do Estado, é normal. Mas esse plano dos hospitais não é para fazer em uma semana, leva alguns anos, mas o importante é que está sendo feito", respondeu Pimenta.
Em outro momento, Fidélis criticou Pimenta sobre ele falar, no outro debate, que o Sind-UTE era diretório do PT. "Como ele fará diálogo com os professores que ele fala isso?", questionou. "Vou conversar com os professores sim. Ninguém tem o monopólio da voz dos professores. Vamos melhorar currículos com a escola integral", rebateu o tucano.
Os candidatos também discutiram também o assunto mineração. Tarcísio e Fidélis criticaram a porcentagem pequena de royalties para o Estado com a exploração, além da falta de controle na atividade e de políticas voltadas ao setor. Ambos disseram que Minas Gerais precisa ter mais benefícios com a exploração do minério. " É uma utilização predatória do nosso subsolo", enfatizou Tarcísio. "O assunto não entrará na pauta do PT e do PSDB, porque eles recebem dinheiro das mineradoras. O jogo de interesses desses dois partidos continuará lesando os interesses do nosso Estado", disse Fidélis.
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