O candidato do PDT à Prefeitura de Santo André, Raimundo Salles, disparou críticas a seus dois principais concorrentes ao Paço: o prefeito Aidan Ravin (PTB) e Carlos Grana (PT). Os ataques do pedetista, que até então vinha poupando os adversários de duras declarações, foram desferidos em momento da campanha tratada por ele como "fase de ganhar corpo".

O prefeiturável atrela o fato do petista ter crescido na pesquisa divulgada pelo Diário dia 26 (de 20,4% para 21,9% na intenção de votos) à condição financeira do partido. "A campanha do Grana ganha força em função do poder econômico que ele tem. O dinheiro dele é o que tem feito a diferença. Isso é fato", comentou o pedetista.

Salles também criticou evento marcado para hoje à noite para angariar fundos para a candidatura do PT - o ingresso custa R$ 10 mil. "O Grana se diz o candidato operário, mas está fazendo jantar para arrecadar R$ 800 mil, com convite astronômico. Não me parece candidatura popular."

O pedetista também quis minimizar a presença de três ministros na cidade apoiando a chapa petista. Já estiveram no município Alexandre Padilha (Saúde), Miriam Belchior (Planejamento) e Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência). "Não acredito que isso possa agregar. Só se for como simbolismo e arrecadação. Com ministros acaba tendo respaldo de natureza financeira maior."

Ainda sobre a vinda de políticos renomados à campanha andreense, Salles disparou que Aidan não terá apoio de ninguém. "Não conseguiu trazer nem o Campos Machado (PTB), que é o presidente (estadual) do partido dele. O Arnaldo Faria de Sá (deputado federal pelo PTB), que ele apoiou, está com o (Nilson) Bonome (PMDB). O (governador) Geraldo Alckmin está comigo. Ou seja: ele (Aidan) está sozinho."