Política Titulo São Caetano
Sidão infla salários de servidores lotados na presidência

Alterações custarão R$ 35 mil por ano à Câmara de S.Caetano só com subordinados ao socialista

Júnior Carvalho
Especial para o Diário
24/06/2014 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


O presidente da Câmara de São Caetano, Sidnei Bezerra da Silva, o Sidão da Padaria (PSB), turbinou os salários dos servidores comissionados lotados em seu gabinete. A reforma administrativa promovida pelo socialista cortou dois cargos (passou de oito para seis) ligados à presidência, mas elevou de R$ 7.600 para R$ 10,5 mil a média dos vencimentos de seus subordinados.

As alterações foram aprovadas por todos os vereadores no dia 17 e custarão R$ 35 mil a mais por ano só com os contracheques dos funcionários de Sidão. No total, as mudanças promovidas pelo chefe do Legislativo também aumentam de oito para 11 o número de servidores que ganham mais que os próprios parlamentares são-caetanenses.

Os cargos de diretor jurídico e de assessor especial da presidência terão salários maiores do que os dos vereadores: R$ 11,4 mil por mês, ante R$ 10.021,17 mensais recebidos por cada um dos 19 parlamentares. Os servidores que ocuparem as duas vagas de assessor da mesa diretora também terão os vencimentos superiores aos dos eleitos: R$ 10.320,14.

Dos nove cargos apadrinhados ligados ao gabinete da presidência, sete atingem o teto do maior salário do Legislativo, de R$ 11,4 mil. Os chefes de gabinetes dos vereadores também ganham o maior subsídio do Legislativo. Os cargos de livre provimento atrelados ao gabinete de Sidão custam R$ 100 mil por mês aos cofres públicos, praticamente o dobro da despesa gerada pelos contracheques dos funcionários dos demais parlamentares, de R$ 51 mil mensais.

No quadro de servidores concursados, o maior holerite é de R$ 4.735,66, pagos ao analista de tecnologia da informação. No setor jurídico, a função de procurador – também ocupada por dois servidores efetivos – o salário é de R$ 2.212.

AUMENTO DE GASTOS
Na quarta-feira, o Diário mostrou que Sidão cortou 22 cargos da Casa, mas na prática aumentou gastos com os servidores. A reforma administrativa arquitetada pelo socialista extinguiu 66 vagas e criou 44, cargos esses de maiores vencimentos. As mudanças terão impacto financeiro de R$ 450 mil por ano nas despesas com a folha de pagamento – acréscimo de 1,7% nos gastos com pessoal, que gira em torno de R$ 2,2 milhões por mês, R$ 30 milhões por ano.

No dia 12, a Câmara de São Caetano aprovou reajuste de 7,04% ao funcionalismo. Já a reforma de Sidão majorou em 38% a média dos servidores lotados em seu gabinete.

Procurado, Sidão não quis comentar o assunto. O socialista limitou-se a dizer que “é isso mesmo” (o que foi divulgado pelo Diário no dia 18). Na sessão da semana passada, ele negou conversar com a equipe de reportagem.




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