O número de vítimas de homicídios registrado no Grande ABC teve a primeira queda desde julho, segundo estatísticas divulgadas ontem pela SSP (Secretaria da Segurança Pública). Em fevereiro deste ano, o índice foi 36% menor na região que no mesmo mês de 2013. Em números absolutos, as ocorrências passaram de 25 para 16 mortes. No Estado, a redução foi de 8,95%, e na Capital houve aumento de 4,4% (veja tabela ao lado).

O número de latrocínios (roubo seguido de morte) também registrou queda de 40% na região, assim como na Capital, com redução de 13,33%, mas se manteve estável em todo o Estado.

Das sete cidades, a maior queda foi registrada em Santo André, que passou de oito para duas vítimas. De acordo com o delegado Ângelo Ísola, da delegacia seccional do município, que também é responsável por Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, o resultado era esperado. “Quando constatamos que o número de mortes violentas estava alto, mudamos a tática de investigação. A responsabilidade passou para as mãos da Delegacia de Homicídios em conjunto com as delegacias. Isso auxilia no esclarecimento do crime, já que o investigador trabalha em sua cidade de origem”, destaca.

O comandante da PM (Polícia Militar) no Grande ABC, coronel Mauro Cezar dos Santos Ricciareli, destaca a parceria entre a corporação, com o patrulhamento nos locais onde são registradas mais ocorrências, e a Polícia Civil, no papel de esclarecer e prender os autores. “Nosso foco é proteger a população contra a violência, por isso o trabalho vem dando resultados.”

ROUBO E FURTO

Apesar das estatísticas positivas quanto aos homicídios, a região ainda registra alta nos casos de roubo e furto gerais e roubo e furto de veículos, que cresceram 20,78% e 38,09%, respectivamente.

Para Ísola, o aumento se deve à possibilidade de registrar o BO (Boletim de Ocorrência) on-line. “Apesar do número de roubos e furtos de veículos ser elevado, por exemplo, temos um índice alto de carros que são encontrados pela polícia.”

Já Ricciareli destaca que, em dez anos, o índice de roubo e furto de veículos na região registrou queda de 13%, mesmo com o aumento da frota em cerca de 95%. “Nosso efetivo praticamente não mudou, mas conseguimos manter o policiamento e coibir essas ações.”

Apenas no ano passado, o comandante afirma que foram detidas 9.000 pessoas em flagrante por praticar os delitos. “Hoje a PM não trabalha no achismo. Temos ferramentas de inteligência voltadas para o combate à criminalidade e alcançamos bons resultados.”