A empresa Flavio Graciano Empreendimentos venceu o edital para a construção da UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24 horas) de Rio Grande da Serra. Com sede no Tatuapé, Zona Leste da Capital, a companhia atua, segundo dados da Jucesp (Junta Comercial do Estado de São Paulo), em diversos segmentos – a maioria distintos da engenharia civil.

Além de executar serviços de obras de infraestrutura, a firma também fornece travesseiros e outros utensílios de cama, mesa e banho. A ficha cadastral da empresa ainda elenca como atividade abastecimento de artigos de papelaria e de materiais de limpeza.

Orçado em R$ 2,2 milhões, o contrato foi homologado pela secretária de Saúde do município, Rosângela Vieira Silva, e publicado na quinta-feira no Diário Oficial.

O especialista em Direito Público Tito Costa explica que, legalmente, não há nada que impeça a atuação da empresa em serviços diferentes. Mas afirma que a “multidisciplinaridade pode parecer estranha”. “É como se um advogado criminalista também defendesse causas na área cível e trabalhista. Alguma coisa ele vai fazer bem, outras, mal”, explica.

Constituída legalmente há dois anos e meio, a Flavio Graciano Empreendimentos tem capital avaliado em R$ 150 mil – 93% menor do que a quantia que receberá da Prefeitura de Rio Grande da Serra pela instalação da UPA em uma cidade com menos de 50 mil habitantes (Rio Grande tem 42 mil moradores).

No fim de semana, o prefeito Gabriel Maranhão (PSDB) deu ordem para o início das obras. Promessa de campanha, a UPA será erguida em terreno localizado na Avenida dos Autonomistas, região central da cidade.

Em 2013, a Flavio Graciano Empreendimentos havia firmado contrato com a administração para instalação de ar-condicionados em prédios públicos.
Maranhão não retornou os contatos.