Água: gestão pública e corresponsabilidade
A sociedade não pode mais tratar a questão da água sem pensar nas gerações futuras, conforme preconizado no conceito de sustentabilidade (Estocolmo, 1972)
Do Diário do Grande ABC
24/03/2014 | 08:10
Artigo
A sociedade não pode mais tratar a questão da água sem pensar nas gerações futuras, conforme preconizado no conceito de sustentabilidade (Estocolmo, 1972). Enfrentamos crise hídrica no Estado de São Paulo – consequência da falta de planejamento e de gestão dos administradores públicos.Há alguns anos que avaliações técnicas mostram que o sistema de abastecimento de água da região metropolitana de São Paulo entraria em colapso. No início dos anos 2000, o Comitê de Bacia dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), por exemplo, alertava o governo do Estado sobre a necessidade de revisão do uso da água do Sistema Cantareira para o abastecimento da Grande São Paulo.
O fato é que a oferta de água para a população aqui residente é menor do que a demanda, e o Estado terá de, cada vez mais, contar com a ajuda de bacias hidrográficas mais distantes. Apesar do anúncio de obras pelo governo do Estado para captação de água em novos sistemas produtores, a melhoria do abastecimento passa também pelos gestores locais, que devem estimular o uso inteligente da água em seu território. Em Santo André, um dos trabalhos do Semasa neste sentido tem sido o combate às perdas. Em 2013, o Comitê de Combate às Perdas foi reformulado e hoje a nossa meta é reduzir as perdas da cidade dos atuais 22% para 19% até 2016. A média nacional de perdas é de 37,5% (Instituto Trata Brasil, 2010).
Outro trabalho é o Programa Reágua, parceria com a Secretaria Estadual de Saneamento e Recursos Hídricos. São 68 escolas municipais que terão troca de equipamentos hidráulicos, além de atividades de educação ambiental. Diagnóstico do Semasa mostrou que o consumo de água/aluno/dia, em alguns casos, chega a ser 3,5 vezes maior que o aceitável. Outra ação é a melhoria da rede de distribuição de Santo André. Só neste ano, 22,5 quilômetros de redes de ferro fundido serão trocados por canos de PVC, que resistem mais a vazamentos. O governo municipal assinou com a Fundação Nacional da Saúde o repasse de R$ 2 milhões para o projeto. O Semasa se antecipou ao período de maior consumo de água e lançou em novembro ampla campanha para estimular o uso racional da água. Para estimular a população a economizar, também adotou o desconto de 30% na conta para imóveis que conseguirem economizar 20% em seu consumo.
Por último, o Semasa dará mais um salto para melhorar a produção de água com a construção de outra estação de tratamento de água na cidade, contribuindo para futuro mais confortável para a população de Santo André no que se refere ao abastecimento de água.
Sebastião Ney Vaz Júnior é superintendente do Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André.
Palavra do leitor
Trânsito em Mauá
Não sou técnico de trânsito, mas percebo o perigo que é o cruzamento das ruas dos Bandeirantes com Álvarez Machado, ao lado do Colégio Leonardo da Vinci, na Vila Bocaina, em Mauá. Ali já aconteceram inúmeros acidentes, e o que mais me preocupa é que diariamente centenas de crianças atravessam o local, que é muito perigoso, pois o trânsito é bastante pesado, sendo que alguns veículos passam pelo cruzamento em alta velocidade. Sugiro a instalação de farol no cruzamento dessas duas vias. Duzentos metros à frente, na mesma Rua dos Bandeirantes, existe farol e por ali não atravessa nenhum pedestre, então, por questão de lógica, acredito que a instalação de semáforo no local seja muito mais necessária. Pelo menos nos horários de saída dos alunos, dois agentes de trânsito poderiam fazer a experiência de controlar o fluxo para segurança de todos.
João Aletto Filho
Mauá
Presos ao sistema
No dia 17 de fevereiro, liguei para o 135 da Previdência Social para agendar perícia de prorrogação do meu auxílio-doença. O atendente marcou para o dia 27. Expliquei que minha cirurgia seria dia 25 e que provavelmente estaria ainda hospitalizada e não poderia comparecer. No dia 19 fui à agência da Previdência localizada à Rua Adolfo Bastos, Centro de Santo André. Cheguei às 11h e só fui atendida às 15h. Questionei por três vezes o porquê dessa demora por um serviço tão simples e ouvi as mais diversas respostas. Por fim fui atendida e em menos de dez minutos houve o reagendamento da minha perícia, para dia 27, ou seja, o mesmo dia. E ainda me passou carta que diz que a falta implicará na cessão do benefício, visto que já houve reagendamento. Ressaltei que não poderia comparecer. Ouvi que não poderia fazer nada porque o sistema só liberou essa data e que estava preso ao sistema. Realmente, estamos todos presos ao ‘sistema’, incoerente e caótico.
Luciana Rodrigues Rocha
Santo André
Falência
É muito duro ter que admitir a falência múltipla dos órgãos institucionais brasileiros! A insanidade provocada pela euforia do ‘tudo podemos’ está fora do controle. A irresponsabilidade transita livremente, eivando indelevelmente tudo o que possa restar de sóbrio, descente, pois só a prolação maledicente caminha. Instituições como a OAB e o Ministério Público assistem passivos, sem se antecipar em nome da retidão e proteção de uma sociedade ameaçada de colapso. O caso Petrobras, que estoura agora, sempre foi do conhecimento de todo o Congresso, e é tratado como isolado. O brasileiro não quer essa farra tão evidente de todos que aí estão! Cabe aos aparelhos, cujas prerrogativas são se antecipar, começar a agir em nome do cidadão, afinal, somos grande empresa chamada Brasil e não queremos gerentes duvidosos! Não somos feudos!
Paulo Rogério Bolas
Santo André
Imasf
Iniciada em São Bernardo a construção do Imasf na administração William Dib, creio que atualmente referido prédio está pronto. Por que não entra em operação, visto que o município continua carente, afeto aos funcionários públicos? Com certeza as autoridades da Saúde darão a resposta de que faltam equipamento e estrutura adequados – que levará tempo. Verba não falta, pois a construção do Museu do Trabalho e do Trabalhador está a todo vapor, sem esquecer demais obras em andamento, também indispensáveis ao progresso da cidade. Os funcionários públicos de São Bernardo e seus dependentes agradecem e merecem resposta das autoridades da Saúde. São mais de oito anos de espera.
Severino Martins de Araújo
São Bernardo
Pasadena
O partido no governo há 13 longos e tenebrosos anos é muito ignorante ou izpééértoo demais! Segundo as mais recentes notícias, aprovou refinaria no Japão ciente da cláusula fatídica. Então ignorante não é. Tendo em vista o currículo do vendedor da refinaria de Pasadena, dá para desconfiar que aí tem! Sugiro seguirem os caminhos do dinheiro!
Aparecida Dileide Gaziolla
São Caetano
Água
Falta água agora e acabou o verão, que tem chuva, imagina no inverno, que quase não chove! Interessante como a água aparece nos desertos dos países ditos árabes. Exemplo são os Emirados Árabes, que com facilidade brotam cidades enormes e modernas, com plantações. Ali não falta água o ano inteiro. Esses países têm calor de 50ºC e têm água. Nunca neste País faltou tanta água. E na Copa, teremos racionamento para os poucos turistas? São Paulo é tão rico e não tem água? Na Região Metropolitana e no Grande ABC, as duas mais ricas do País, falta água potável? O que é isso? Essas regiões não têm água, mas o Brasil é provavelmente o que tem mais água em nossa galáxia. Qual é realmente o problema? Por que temos que pedir autorização para outros Estados? E o Aquífero Guarani? E a transposição no Nordeste? Depois da Copa do Mundo de futebol será que o povo acorda?
Eduardo Zago
Mauá
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