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P-SOL é lançado em São Bernardo
Por Renan Cacioli
Do Diário do Grande ABC
23/09/2005 | 08:16
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Uma semana após ter seu registro concedido pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), e tornar-se a 29ªlegenda com inscrição nacional, o P-Sol (Partido Socialismo e Liberdade) foi lançado oficialmente na região e teve como ponto de partida São Bernardo do Campo. Cerca de 50 militantes se reuniram para discutir o rumo a ser seguido pela legenda e as metas para futuras alianças políticas.

"É um ato político para oficializar o partido, compor uma coordenação provisória até o encontro municipal, onde aí sim será formada a coordenação nos moldes da Justiça Eleitoral", definiu um dos coordenadores regionais, Anderson Mangolin. O evento de lançamento regional deverá acontecer no próximo mês, e espera-se a presença da senadora Heloísa Helena, uma das fundadoras do P-Sol e principal referência entre os militantes. A ex-petista enviou, inclusive, uma nota de parabenização para o grupo que se formou em São Bernardo.

"Saudamos as mulheres, homens e jovens lutadores de São Bernardo do Campo que cultivam a esperança de construir um Brasil fraterno, justo, igualitário e verdadeiramente democrático e que dedicam os melhores momentos de suas vidas à construção deste abrigo para a esquerda socialista e democrática, o Partido Socialismo e Liberdade", dizia a nota assinada pela senadora juntamente com o senador Geraldo Mesquita, e os deputados federais João Batista de Araújo, o Babá, e Luciana Genro.

Com o projeto de buscar a militância nas bases, "de porta em porta", os membros do partido pretendem entrar na luta política sob um consenso: driblar os erros do PT, que também teve seu início baseado nos movimentos sociais e nas lutas da classe trabalhadora. Muitos dos militantes do P-Sol, aliás, são ex-petistas que brigaram para levar Lula à presidência da República mas decepcionaram-se com o governo federal.

"É hora de fazermos um balanço do que foi a experiência do PT, e ver aonde se errou", explicou o membro da executiva estadual de São Paulo, William Martani. "Temos que construir um partido controlado pelas bases. Se a gente não conseguir, não adianta nem chegar ao poder, porque já conhecemos essa experiência", completou Martani.

Luta por espaço – Um dos erros graves apontados pelos militantes do P-Sol que foi cometido pelo PT, é a aliança desenfreada com diversos partidos no intuito de ganhar espaço dentro do cenário político nacional. "É preciso construir um bloco político amplo, claro que não conseguiremos crescer sozinhos. Mas vamos buscar a esquerda socialista e procurar nosso próprio espaço", sentenciou Gilberto Cunha, da executiva nacional do partido. A partir do registro obtido na semana passada, o P-Sol poderá participar das eleições, da publicidade eleitoral e partidária gratuita e receber recursos do fundo partidário.




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