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Câmaras do Grande ABC pouco produziram no 1º semestre
Por Juliana de Sordi Gattone
Do Diário do Grande AB
06/07/2009 | 07:00
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No primeiro semestre do ano - estreia dos vereadores na atual legislatura - pouco pôde ser comemorado pela população do Grande ABC.

Embora o número de representantes tenha aumentado de 106 para 108 (um a mais em Diadema e outro em São Caetano), até agora, não chega a dez a quantidade de propostas que promoveram mudanças em setores da sociedade.

Das proposituras apresentadas até aqui, destacam-se o Refis (programa de parcelamento de débitos), reforma administrativa que criou a Secretaria de Segurança e a autorização para o governo firmar parcerias público-privadas, todas em Santo André.

Outra matéria que chamou a atenção pela teor de transformação foi a que permite a terceirização da gestão do Hospital Municipal Doutor Radamés Nardini, em Mauá.

Se o último semestre de 2008 for contabilizado, período no qual as forças políticas ficaram voltadas às eleições municipais, já são 12 meses sem transformações fundamentais para as cidades.

A questão causa polêmica por conta dos gastos representados pelo Legislativo, totalmente custeado pelo Poder Executivo. Neste ano, as sete câmaras irão subtrair dos cofres públicos R$ 151,6 milhões, valor R$ 20 milhões superior ao orçamento total de Ribeirão Pires.

CARACTERÍSTICAS - Disputa política e capacidade restrita de negociação predominaram nas Casas de Leis neste semestre. Os casos notórios ficaram concentrados nas quatro cidades cujos prefeitos foram eleitos em outubro. Estão nesta categoria Aidan Ravin (PTB-Santo André), Luiz Marinho (PT-São Bernardo), Mário Reali (PT-Diadema) e Oswaldo Dias (PT-Mauá).

À exceção dos petistas de Diadema e Mauá, que conquistaram maioria na Câmara e têm facilidade na tramitação de projetos (apesar do tropeços na articulação), Santo André e São Bernardo passaram por turbulência.

No caso de Aidan Ravin, após a oposição fazer diversas tentativas de ganhar terreno, as investidas foram freadas pelo prefeito, que iniciou série de encontros (que envolviam a negociação de cargos) com os partidos aliados. Já o petista Luiz Marinho não teve a mesma habilidade. Após campanha dura, na qual as rusgas entre oposição e situação não foram ultrapassadas, o prefeito não conseguiu reverter a situação.




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