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INSS reabre posto de São Bernardo, mas serviço é precário
Adriana Mompean
Do Diário do Grande ABC
06/07/2005 | 08:08
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O posto do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) de São Bernardo reabriu nesta terça-feira com atendimento para todos os serviços, mas 45% dos servidores são trabalhadores em greve ou em férias – o déficit já chegou a 65%. Até esta segunda-feira o posto permanecia fechado, com atendimento voltado apenas a beneficiários com perícias médicas agendadas

De acordo com Genésio Denardi, gerente executivo da unidade, nesta terça-feira foram atendidas 440 segurados, o dobro de pessoas que o posto vinha recebendo na última semana. "Apesar de termos recebido hoje (nesta terça-feira) beneficiários com todos os tipos de consultas, o atendimento ainda está comprometido devido à greve. Ainda não é possível absorver a demanda de um dia normal, que é de 1,2 mil pessoas", afirma.

Denardi aconselha que só compareçam à unidade os beneficiários que precisem de atendimento de urgência ou que tenham pendências com o INSS, como perícias médicas agendadas, pagamentos bloqueados e auxílio-doença com data próxima do vencimento. "Não queremos criar tumulto e filas de madrugada na unidade", afirmou.

A informação sobre o porcentual de funcionários em greve é contestada pelo diretor regional do Sinsprev-SP, Áureo dos Santos. "Realizamos assembléia na unidade e constatamos que a greve atinge no máximo 20% dos servidores. Houve um refluxo no posto. Alguns funcionários voltaram de férias e decidiram não aderir ao movimento e outros voltaram atrás em suas posições. O número de funcionários na agência é suficiente para atender a todos os beneficiários. Até retiramos as faixas que diziam que a unidade estava em greve", diz. O sindicato realizará, na próxima semana, nova tentativa para conscientizar os servidores de São Bernardo sobre a importância do movimento grevista.

O comando regional de greve também esteve nesta terça-feira na unidade de Santo André, que atende normalmente e com cerca de 20% dos funcionários em greve, e obteve a informação de que existe uma tendência de maior adesão dos funcionários para a paralisação. "A adesão ao movimento deverá crescer na cidade. Iremos realizar assembléia na quinta-feira pela manhã para quantificar qual será a extensão do movimento", diz. O Diário não encontrou representantes do posto de Santo André para comentar a informação.

Desta quarta-feira, a diretoria regional do Sinsprev-SP realiza assembléia em Diadema, unidade que aderiu à paralisação. De acordo com Santos, o principal objetivo do encontro na unidade é mobilizar os funcionários para manifestação da categoria que ocorre na quinta-feira na avenida Paulista, a partir das 10h. O objetivo é levar cerca de 60 funcionários dos postos do Grande ABC.

Na região continuam fechados os postos de Ribeirão Pires, São Caetano e Diadema. A agência de Mauá tem atendimento normal. No Estado de São Paulo, das 180 unidades, 53 permanecem fechadas, 44 parcialmente fechadas e 83 atendem normalmente. Na capital, de um total 34 unidades, 19 estão fechadas, 11 parcialmente fechadas e apenas quatro estão abertas ao público. No país, existem 1.166 agências – 341 estão fechadas (29,25%), 315 possuem atendimento parcial (27,02%) e 510 estão abertas (43,74%).




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