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Iniciativa na USCS ajuda no desenvolvimento de startups

Expectativa é a de que no período de um ano, 150 já estejam operando dentro da parceria

Yara Ferraz
11/08/2021 | 07:03
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Denis Maciel/ DGABC


Projeto desenvolvido em conjunto com diversas entidades, o hub de inovação da USCS (Universidade Municipal de São Caetano) deve abrigar cerca de 150 startups no período de um ano, quando estiver operando em plena capacidade. Além de atender demandas e solucionar problemas das áreas dos cursos, o projeto pretende fomentar a tecnologia na região.

Também fazem parte da iniciativa a Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, que deve apresentar demandas das empresas da região; o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), que vai auxiliar na capacitação; a Biosphere, que atua como aceleradora no meio universitário; e a plataforma de permutas multilaterais XporY.com.

Segundo o coordenador do Conjuscs (Observatório de Políticas Públicas, Empreendedorismo e Conjuntura) e um dos responsáveis pelo hub na universidade, Jefferson José da Conceição, serão “três vértices prioritários: saúde, indústria criativa e indústria 4.0,” além de uma área multimercado. “As startups estarão atendendo soluções para problemas das empresas destas áreas prioritárias. Alguns cursos, como medicina e os de outras áreas da saúde, comunicação e engenharia naturalmente serão conectados aos desafios para formar startups na área. Mas, em realidade, todos os cursos vão se conectar com o hub”, completou o professor.

Um exemplo da iniciativa está no curso de direito. Alunos e professores vão ser estimulados a constituir legaltechs (startups do setor jurídico) para resolver desafios em áreas prioritárias.

Um dos idealizadores do projeto e sócio-fundador da XporY.com, Rafael Barbosa diz que o projeto deve ajudar no desenvolvimento das startups, que vão conseguir se estruturar para focar nos produtos e soluções. “É serviço diferenciado que vai resolver problemas graves. É uma união entre mercado e academia, o que é comum em países de primeiro mundo. Afinal, o conhecimento está nas universidades.”

Números do Sebrae do ano passado mostram que as startups se saíram melhor durante a pandemia. Enquanto 87% dos pequenos negócios tiveram queda de faturamento, as startups apresentaram perda de 68%. “A região tem uma importância grande para o Brasil, e não está nos melhores momentos. Ela tem muito mais a entregar, e essa integração deve ajudar”, disse Barbosa.

“Para o Grande ABC, isto é uma forma de baratear os custos da inovação e modernização das empresas, já que os custos de testes, ajustes e desenvolvimento de novos projetos ficam bem mais baratos. Isto aumenta a competitividade regional. Para a universidade, a aproximação com as empresas é uma maneira de melhorar sua pontuação nos rankings universitários, aumentar a receita e atrair alunos”, disse da Conceição.
 




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