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Parentes de Maninho fazem vaquinha para pagar advogados

Familiares tentam obter R$ 60 mil para custear gastos com defesa do ex-vereador de Diadema

Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
02/07/2018 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


 Presos desde o dia 16 de maio, quando se entregaram à Polícia Civil na Capital, acusados de tentativa de homicídio com dolo eventual, o vereador de Diadema Manoel Eduardo Marinho, o Maninho e seu filho, Leandro Eduardo Marinho (ambos do PT), esperam aceitação de pedidos de soltura para tirá-los do presídio em Tremembé, no Interior. Para pagar os gastos com advogados, seus familiares organizaram vaquinha on-line com a intenção de arrecadar fundos.

Com mais de um mês nas redes sociais (está no site especializado Vakinha), a ação, até o momento, não arrecadou nenhum valor. O objetivo é atingir R$ 60 mil.

A vaquinha foi denominada ‘Ação Solidária: Apoio e Gratidão’. No texto de apresentação do pedido para Maninho e Leandro, os organizadores explicam que “o objetivo é criar um fundo financeiro para ajudar a família de Marinho a custear os gastos com a defesa e manutenção de todo o processo dos nossos amigos Manoel e Leandro”. “Todos nós que convivemos com eles sabemos da importância dos dois para a família e para toda a comunidade. Por isso, apoio e gratidão são os pilares que nos move”.

Detidos na mesma cela, Maninho e Leandro recebem visitas apenas de parentes e advogados, como relatou o presidente do PT de Diadema, Adi dos Santos. “Estamos dando suporte judicial e apoio aos parentes. Tanto seus amigos quanto familiares tiveram a ideia de criar ação na internet para tentar juntar algum dinheiro para poder pagar os advogados”, relatou. Ele disse que ainda não doou, mas vai colaborar com a atividade.

Maninho e Leandro se envolveram em briga em frente ao Instituto Lula, na Capital, no dia 5 de abril, quando o juiz federal Sérgio Moro expediu pedido de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso do triplex do Guarujá. Os dois empurraram o empresário Carlos Alberto Bettoni, que se desequilibrou e caiu no meio da rua, batendo a cabeça no para-choque de um caminhão que passava. Bettoni sofreu traumatismo craniano e chegou a ser internado na UTI, mas teve alta.

A juíza Débora Faitarone, da 1ª Vara do Júri de São Paulo, entendeu que o episódio se caracterizou como tentativa de homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar. O desentendimento foi filmado por emissoras de televisão que acompanhavam protesto a favor de Lula.

MOVIMENTAÇÃO

No dia 14 de maio, o desembargador César Augusto Andrade de Castro, do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), rejeitou pedido de liminar do habeas corpus impetrado pela defesa da dupla. A solicitação foi para o colegiado da 3ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP, que referendou a decisão do relator.

O advogado Roberto Vasco, que defende os dois, disse que vai ingressar com pedido de habeas corpus em instâncias superiores. Para Adi dos Santos, há perseguição jurídica a filiados do PT. “Ainda tentamos entender o motivo de eles estarem presos sem julgamento.”




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