Os servidores de Ribeirão Pires ficarão sem a reposição da inflação deste ano, de 4,69%, de acordo com comunicado da Prefeitura anexado aos holerites de funcionários de carreira da administração nesta semana.

A carta do Paço enviada aos servidores justifica que a receita do município vem em queda e, além disso, o governo de Adler Kiko Teixeira (PSB) já ultrapassou o limite prudencial da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) de gastos com a folha, de 51,3% da receita, como foi noticiado pelo Diário. Atualmente, o percentual está em 52,55%, valor referente ao mês de abril. O limite da LRF é 54%.

O documento também informa aos servidores que, para compensar a falta de reposição inflacionária, a Prefeitura encontrou como alternativa dar aumento de 100% no Cartão Servidor, que auxilia o funcionário público de Ribeirão Pires na alimentação.

Para a presidente do Sineduc (Sindicato dos Professores das Escolas Públicas Municipais de Ribeirão Pires), Perla de Freitas, a justificativa para não atingir o limite da LRF é coerente,, mas que, ao mesmo tempo, é necessário negociar.

ANO PASSADO
Na gestão do ex-prefeito de Ribeirão Pires Saulo Benevides (PMDB), a quantia referente à inflação do último ano da administração também não foi quitada.

Por causa disso, o Sineduc informou que está entrando com ações individuais na Justiça comum para reaver essa reposição. O percentual da ocasião está em 11,08%.

“Nós entramos na Justiça e ganhamos sete processos individuais (de 150). As pessoas estão indo ao sindicato para poderem ingressar com os processos”, falou Perla. “(A decisão) É um reconhecimento do Judiciário (de que os servidores estão certos em recorrer à Justiça). (Estamos) Pedindo incorporação (desta quantia) no salário, e (valores) corrigidos”, completou a dirigente.

A intenção do sindicato é fechar até o dia 10 de julho mais 300 nomes de servidores que pretendem fazer o mesmo. Não é necessário que seja profissional da Educação da cidade.