Política Titulo São Caetano
Governo Auricchio acusa gestão de Pinheiro de não empenhar pagamento do abono dos servidores da Educação

Sem dinheiro, Fazenda também terá de buscar saída jurídica para impasse

Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
12/01/2017 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


O governo do prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), acusa a gestão do ex-prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) de não empenhar o pagamento do abono dos servidores da Educação. Ou seja, além de enfrentar falta de dinheiro em caixa para quitar o débito, a administração tucana esbarra em outro problema: se não foi empenhado, o pagamento não pode ser feito.

Agora, o governo Auricchio também tem de procurar saída jurídica para quitar o benefício – são duas parcelas para cada servidor, que variam de R$ 700 a R$ 1.000, de acordo com a ocupação, hierarquia do servidor e produtividade (são cerca de 4.000 profissionais). Se quitar sem a nota de empenho, a gestão teme desrespeito ao artigo 60 da Lei 4.320/1964 (Finanças Públicas), que veda o pagamento de despesas sem prévio empenho, e à LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal.

“Se pagarmos o abono (sem o empenho), os órgãos de controle, como o TCE (Tribunal de Contas do Estado), podem apontar que estamos sendo coniventes com a posição da administração anterior e assumiríamos as responsabilidades pelo encerramento do exercício de 2016 e poderíamos ter as contas do exercício rejeitadas”, explicou o secretário municipal da Fazenda, Jefferson Cirne da Costa (PSDB). De acordo com ele, o setor jurídico da Prefeitura estuda alternativas para o imbróglio. “A saída ainda não foi definida, mas até pela posição do TCE, realizaríamos o empenho, mas encaminharíamos cada caso para os órgãos de controle”, completou o secretário.

Presidente interina do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos e Autárquicos) de São Caetano, Joelma Souza Gomes da Silva afirmou que a categoria já havia sido comunicada sobre o não empenho do pagamento do abono. “Nosso departamento jurídico também está trabalhando nessa questão, mas queremos saber quem é o culpado de tudo isso. Vamos tomar as medidas cabíveis.”

A previsão do Paço é a de que haja recurso para o pagamento dessas despesas ainda neste mês, com a arrecadação de tributos de começo de ano, como IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), referentes a 2017.  




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