Tucanos e pefelistas identificaram a existência de uma crise de autoridade no governo petista e, segundo o líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), o anfitrião afirmou que "a perda de respeito pelo governo já aconteceu". Houve consenso, porém, na análise de que não há crise de governabilidade nem risco institucional. Quando o presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), defendeu a parceria das duas legendas na oposição "altiva e vigorosa" ao governo, FHC atalhou, bem-humorado: "O Arthur está gostando dessa conversa."
Referiu-se ao líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), reconhecido como "radical xiita" da oposição. Na avaliação geral, o gracejo serviu para mostrar que ele não fazia reparo à atuação oposicionista de ninguém. "Fernando Henrique é um homem preocupado com a questão institucional, mas moderação ele não pediu a ninguém", garantiu Virgílio. "Ele disse até que nós estamos indo muito bem, mas que temos de ter controle dos limites."
Segundo Agripino, a observação sobre "controle dos limites" ficou restrita aos tucanos ali presentes – o presidente nacional do PSDB, José Serra, o líder no Senado, Alckmin e o secretário de Governo do Estado, Arnaldo Madeira. "O tom da conversa foi o da oposição firme, altiva, fiscalizadora e, como não era um diálogo entre irresponsáveis, não havia necessidade de pôr limites à oposição", contou Agripino.
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