O comando da Secretaria de Cultura no governo do prefeito eleito de Diadema, Lauro Michels (PV), é alvo de disputa entre as siglas nanicas PSC e PHS. Os dois partidos apoiaram o verde desde o primeiro turno e terão de dividir a Pasta.

Presidentes municipais do PSC, Teodózio Gregório Silva, e do PHS, Gilberto de Souza Moura, o Giba da Cultura, pleiteiam a vaga de secretário. Mas os dois estão longe do consenso, já que não abrem mão de sentar na principal cadeira da Secretaria.

"Ainda estamos conversando sobre isso. Não há definição", admitiu Teodózio. Giba não atendeu os telefonemas do Diário para comentar o caso.

No bloco governista, o nome de Giba é mais cotado. O dirigente do PHS é funcionário de carreira da Prefeitura e sempre atuou em movimentos da Cultura da cidade, passando pela direção de alguns centros culturais.

Teodózio tem utilizado argumento de força partidária para comandar a Pasta. Na eleição, o PSC conquistou 5.414 votos para vereador, enquanto o PHS arrebatou 4.127 sufrágios. As duas siglas firmaram coligação proporcional. Juntas, receberam 9.541 adesões.

Filho de Teodózio, Washington Figueira da Silva, conhecido como Professor Ton (PSC), foi o mais votado da parceria, com 1.370 votos. Dos cinco candidatos com melhor desempenho da coligação, quatro são do PSC. Apenas o próprio Giba da Cultura (com 470 votos) está inserido no ranking.

Michels optou por não interferir na discussão entre Teodózio e Giba. Apenas deu prazo para ambos se decidirem: quer anunciar o secretariado completo amanhã, após a diplomação, marcada para o Fórum. O verde afirmou na semana passada que Cultura e Defesa Social eram áreas ainda sem comandante em seu futuro governo.