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Greve deixa 6,5 mil sem aula no ABC
Por Ana Macchi
Do Diário do Grande ABC
27/02/2004 | 21:30
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Aproximadamente 6,5 mil alunos das ETEs (Escolas Técnicas Estaduais) do Grande ABC ficarão sem estudar a partir de segunda-feira. A suspensão das aulas é conseqüência de uma greve que mobilizará, somente na região, 400 professores e 200 funcionários públicos por tempo indeterminado. Eles reivindicam reajuste salarial.

Segundo o Sinteps (Sindicato dos Trabalhadores do Ceeteps, do Ensino Público Estadual Técnico, Tecnológico e Profissional do Estado de São Paulo), as ETEs Lauro Gomes, em São Bernardo, e Jorge Street, de São Caetano, já confirmaram adesão total.

A terceira escola no Grande ABC, a ETE Júlio de Mesquita, em Santo André, paralisou nesta quinta as aulas técnica do período noturno, mas manteve o funcionamento regular do ensino médio.

O Sinteps informou que os alunos foram previamente comunicados da decisão por meio de cartas de esclarecimento.

Na terça-feira, 2 de março, haverá mobilização às 10h na estação Tiradentes do metrô, na capital, em frente ao prédio do Ceeteps (Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula), ao qual as escolas técnicas estaduais e Fatecs (Faculdades de Tecnologia) são ligadas. Pais, alunos e professores das três cidades participarão do ato.

A secretária geral do Sinteps, Silvia Helena de Lima, afirmou que os trabalhadores do Ceeteps iniciaram oficialmente a greve no dia 16 de fevereiro, para reivindicação de reajuste de 72,22%.

Os salários, segundo o Sindicato, estão congelados desde 1996. “Já temos o apoio de 50% das escolas na greve”, afirmou Silvia. O Sinteps ainda não tem posicionamento do governo sobre a greve.

Estado – A assessoria de imprensa do Ceeteps informou nesta sexta desconhecer a adesão de professores e funcionários das escolas do Grande ABC à greve. Segundo o órgão, os professores receberam reajustes em 1998 e em 2002.

De acordo com o nota oficial do departamento, “apenas 7% das unidades estão com suas atividades parcialmente suspensas e mais 7% com atividades paralisadas”.

Ainda segundo a nota, a Lei de Responsabilidade Fiscal impede que o Estado aprove novos aumentos salariais. O Centro Paula Souza atende hoje cerca de 90 mil alunos.




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