Em declaração ao jornal Yediot Aharonot, o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmet, admitiu "uma possibilidade de negociações com os palestinos". Segundo o periódico, o premiê fez esta consideração na terça-feira durante encontros com os ministros da Defesa e das Relações Exteriores, Amir Peretz e Tzipi Livni, na presença dos comandantes do Mossad (serviço de segurança externa), do Shin Beth (serviço de segurança interno) e da Informação Militar.

Olmert se prepara para a reunião de 19 de fevereiro com o presidente palestino Mahmud Abbas e a secretária de Estado americana Condoleeza Rice. Este encontro acontecerá em Jerusalém, segundo a imprensa israelense e diplomatas ocidentais. O local mais provável é um grande hotel da cidade, informou o jornal Haaretz.

"O acordo sobre a formação de um gabinete palestino de união tem uma importância estratégica para a região, que não é menos importante que a vitória do Hamas nas eleições legislativas há um ano", disse Olmert.

"Esperamos que eles possam falar de um horizonte político que possibilite negociações dentro do que foi estabelecido com o Mapa do Caminho, capaz de unificar os interesses dos dois Estados (israelense e palestino)", declarou à AFP um membro do governo de Israel.

O Mapa do Caminho, último plano de paz internacional desenvolvido para o Oriente Médio, tornou-se letra morta desde seu lançamento, em 2003. A respeito do acordo interpalestino alcançado em Meca para a formação de um governo de unidade nacional entre os movimentos rivais Hamas e Fatah, Olmert garantiu que "Israel não deve passar a imagem de que deseja impedir a criação desse gabinete".