Economia Titulo Previdência
Primeira parcela do
13º dos aposentados
deve sair em agosto

Entidades pedem antecipação do benefício para julho; reunião vai discutir demais reivindicações

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
02/07/2013 | 07:00
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Divulgação


 Há a perspectiva de que a primeira parcela do 13º salário dos aposentados e pensionistas fique mesmo para o fim de agosto. Em reunião amanhã com representantes de entidades da categoria, em Brasília, com o ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho, e o ministro-chefe da Presidência da República, Gilberto Carvalho, deverá ser batido o martelo em relação ao calendário da antecipação do benefício.

A Cobap (Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas do Brasil) pedia que o dinheiro fosse depositado já em julho, porém, extra-oficialmente, é dado como certo que o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) só fará o pagamento a partir do dia 27 do mês que vem. O Diário entrou em contato com a Previdência, que informou que aguarda publicação de decreto, da Casa Civil, definindo a data.

Há representantes da confederação que ainda mantêm a esperança de que seja atendida a reivindicação da categoria, para que a entrada dos recursos saia antes do previsto. Na hipótese de ser aceita a solicitação da confederação, o dinheiro poderia entrar na conta dos beneficiários do dia 25 deste mês até 7 de agosto para quem ganha um salário-mínimo e de 1º a 7 de agosto para valores acima disso.

Para o presidente da Cobap, Warley Martins Gonçalles, seria importante que os segurados recebessem o quanto antes a metade do 13º. Isso porque é grande o número de beneficiários com empréstimos consignados e que esperam contar com o recurso para quitar suas dívidas. Em maio, foram emprestados R$ 3,8 bilhões em contratos desse tipo, 31% mais do que em igual mês do ano anterior.

OUTROS TEMAS

A mudança da data de pagamento da primeira parcela do 13º não é o único ponto da pauta da reunião de amanhã. Há outras 20 demandas, entre as quais o fim do fator previdenciário, o resgate do poder de compra dos que recebem mais de um salário-mínimo de benefício, a aceleração do andamento de política referente à desaposentação, a volta do auxílio funeral gratuito para aposentados de baixa renda, a criação de uma Secretaria dos Aposentados, Pensionistas e Idosos, subordinada ao gabinete da Previdência Social, a atualização da cesta dos medicamentos que hoje são distribuídos gratuitamente e a criação de plano de saúde em parceria com o Ministério da Saúde.

Segundo o vice-presidente da Cobap, Moacir Meirelles de Oliveira, a aposta é de que, pelo menos, sejam atendidos itens “sociais” como a criação da secretaria, a cesta farmácia e o convênio médico. “Vamos aguardar”, diz, cauteloso.

 

Representantes da categoria participam de ato no dia 11

Diversas entidades dos aposentados vão participar, junto com as centrais Força Sindical, CUT, UGT e outras, de mobilização nacional no dia 11. Algumas das bandeiras da categoria são o fim do fator previdenciário e o reajuste para os que recebem acima do salário-mínimo. “O fator previdenciário não é apenas socialmente criticável, pelos prejuízos que causa aos trabalhadores, mas também não se fundamenta juridicamente, já que jamais foi apresentado cálculo atuarial que justifique tamanha redução nos benefícios dos trabalhadores”, diz a presidente do IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário), Jane Berwanger.

O movimento das centrais vai aproveitar o embalo das manifestações que ocorrem no País para pressionar o governo e o setor empresarial por mudanças. Fazem parte da pauta temas como melhorias na Saúde, Educação e no transporte público, redução da jornada de trabalho para 40 horas, apoio à reforma agrária, fim dos leilões do petróleo e rejeição da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 4.330, que segundo as entidades, institucionaliza o trabalho terceirizado.




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