O título dos Estados Unidos no basquete masculino era certamente o resultado mais previsível da Olimpíada. O Dream Team, porém, vinha encontrando certa resistência, o que levantou a hipótese de derrota para a Sérvia na final de ontem.

Foi então que os jogadores chamaram a responsabilidade e deram um verdadeiro espetáculo de enterradas e chutes da linha dos três pontos. No fim, a vitória por 96 a 66 não deixou dúvidas de quem tem o melhor basquete do mundo.
Essa foi a terceira vez consecutiva que os Estados Unidos sobem no lugar mais alto do pódio no basquete masculino da Olimpíada e a 15ª da história.

Para se ter uma ideia da soberania norte-americana no esporte, no dia 1º de setembro serão completados dez anos de invencibilidade do Dream Team, que nem trouxe força máxima ao Rio de Janeiro. A última derrota foi para a Grécia, na semifinal do Mundial do Japão de 2006, por 101 a 95. Em Olimpíada, o último revés foi para a Argentina, em 2004, por 89 a 81, também na semifinal.

Principal nome do time, Kevin Durant, recém-contratado pelo Golden State Warriors, assumiu a responsabilidade e foi a grande estrela da final. Ele anotou 30 pontos, sendo a metade da linha dos três pontos, chegou a 155 nos oito jogos da Olimpíada e ficou apenas um atrás do recorde de 156 pontos, registrado por ele mesmo em Londres-2012.

Após a partida, Durant revelou conversa com o técnico Mike Krzyzewski que significou sua ressurreição na Olimpíada. “Não era eu mesmo no começo dos Jogos. O técnico me mostrou alguns vídeos do Mundial de 2010 e falou ‘não vejo aquele cara da outra vez’. Isso me acordou. Quando estou sorrindo, brincando, demonstro emoção. Tinha perdido isso em alguns jogos. Contra a Argentina, os torcedores foram incríveis. Senti aquela energia no time e no técnico e voltei. Voltei a ser eu mesmo”, disse.