Memória Titulo História
À beira do caminho, uma casa...
Por Ademir Medici
04/01/2016 | 07:00
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 Ontem encerramos a Semana Diadema 2015; hoje finalizamos a Semana Mauá, com duas boas novidades:

1ª) Temos algumas pistas para se tentar descobrir o que foi a exuberância da Fazenda Oratório.

2ª) Um leitor atento, Bernardo E. Hoehn, selecionou fotos antigas da sua infância em Mauá. Digitalizou uma a uma. Identificou o que foi possível. E enviou tudo para nós. Material simplesmente genial.

Pessoal de Diadema e de Mauá. Apenas encerramos as Semanas comemorativas aos aniversários das duas cidades. Mas ao longo de 2016, claro, continuaremos a falar das sete cidades, sempre apoiados na orientação e sabedoria de vocês.

Feliz 2016 a todos.

 

Essa fazendinha tem história

Quando da nossa ida ao Museu Barão de Mauá, em companhia de Paulo e Rosa Ahlers, ouvimos atentamente a verdadeira aula proferida pelo professor e historiador William Puntschart. Ele discorreu sobre a Mauá dos primórdios, do território Caaguaçu e suas três fazendas, a Bocaina, a do Capitão João e a Oratório. Disse, o professor, que da Fazenda Oratório faltam informação e documentação.

Nesse meio tempo houve o registro aqui em Memória do centenário de nascimento do ex-prefeito Américo Perrella. Na revista da sua administração, encontramos a foto do trevo de entrada da cidade, na Avenida João Ramalho, em que aparece uma das casas bandeiristas da cidade que, infelizmente, não foi preservada.

Lembramos, então, de uma visita que fizemos a uma segunda casa deste estilo do outro lado da avenida, em 1987 e que resultou na reportagem ‘A Fazendinha não morreu’. Chegamos a almoçar na casa – aliás, um almoço de domingo delicioso e inesquecível. E noticiamos que a família Noim lutava para garantir o espaço chamado “Fazendinha”, da antiga Fazenda Oratório, onde Roberto Noim, sua esposa Helena e a primeira filha chegaram em 1939.

Todos os demais filhos do casal nasceram na Fazendinha, cuja área pertencera aos Alcântara Machado e que, em 1946, foi adquirida pelo antigo IAPI. É uma longa história. Chegamos a publicar uma foto em que funcionários do IAPI aparecem defronte à casa grande. E aprendemos que eram três casas antigas, bandeiristas provavelmente, ao estilo da casa ocupada pelo Museu Barão de Mauá, já então demolidas.

O advogado Miguel Parente Dias cuidava do caso e reuniu abundante documentação, com subsídios jurídicos e históricos. Daí a dica que damos ao professor William: vamos procurar o Dr. Parente Dias. Ver como ficou o assunto. Tentar reunir aquela documentação, subsídios importantes para a História mauaense.

 

O tesouro da foto familiar

O segundo tema foi a mensagem enviada pelo primo da professora Silvia Hahlers, nossa orientadora nesta Semana Mauá. Escreveu Bernardo E. Hoehn: “Não são fotos específicas de locais, mas mais familiares, onde estão o meu tio Paulo, minha tia Rosa, minha avó Anna Sandhacker, minha mãe Erica e algumas outras pessoas”.

 

Respondemos ao Bernardo que o material é dos mais significativos e que Memória tem todo o interesse em divulgar. Como aperitivo, vai a imagem coletiva de hoje, agradecendo uma vez mais ao casal Paulo e Rosa Ahlers pela atenção, e também à querida equipe do Museu Barão de Mauá.

 

Um dia alguém, sem noção, nos disse que Mauá não tinha história. Respondemos com um livro coletivo chamado “De Pilar a Mauá”, lançado em 1987 e esgotado. Jornadas como esta da Semana Mauá mostram que a cidade não só tem História como carece de mais e mais pesquisas. Hoje ninguém tem dúvida que Mauá e todo o conjunto do Grande ABC têm muito a contar não só à região como ao País como um todo.

 

Em 4 de janeiro de...

1916 – O juiz de paz da Estação Rio Grande (hoje ‘da Serra’), Guilherme Pinto Monteiro, foi agredido com golpe de foice pelo escrivão Arthur Jorge a mando do seu cunhado, o delegado de polícia. A foiçada atingiu o punho direito do juiz e decepou dois tendões.

A guerra. Do noticiário do Estadão: ‘o torpedeamento de navios japoneses’.

1931 – O empregado da São Paulo Railway, Alfredo Dias Felippe, de 29 anos, caiu de um trem em movimento quando colocou a cabeça para fora e bateu num poste. O empregado foi ao solo e ficou sob as rodas de um vagão. Sofreu esmagamento da perna esquerda, sendo internado na Santa Casa. O acidente ocorreu entre Paranapiacaba e Piaçaguera.

 

Santos do Dia

Santa Ângela de Foligno (Itália, Foligno, 1248-1309). Admiradora de São Francisco de Assis, ela procurava imitá-lo na pobreza e no serviço aos irmãos.

Da sua autobiografia: “(...) tive que atravessar muitas etapas no caminho da penitência e conversão. Precisei reconhecer os danos que o pecado causa à vida das pessoas, arrepender-me, confessar e conhecer a misericórdia de Deus. Em tudo a oração foi minha companhia e a comunhão eucarística meu alimento”.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza

Caio

Hermes

 

Diário há 30 anos

Sábado, 4 de janeiro de 1986 – ano 28, nº 6023

Manchete – Governo não vai congelar salários.

Internacional – As irmãs Margarida e Miriam Horvath, de 23 e 24 anos, foram sequestradas dia 31 de dezembro em Angola pela organização Unita (União pela Independência Total de Angola). Elas estão na África a serviço da 1ª Igreja Batista de Santo André.

Ribeirão Pires – Cine Odeon apresentou sua última sessão no dia 1º, depois de nove anos de atividades. Este é o 15º cinema que encerra atividades no Grande ABC nos últimos anos.




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