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Dias e Damo fazem debate ruim
Por Vinícius Casagrande
Da Redaçao
20/10/2000 | 00:07
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O primeiro encontro frente a frente dos candidatos à Prefeitura de Mauá que disputam o segundo turno das eleiçoes, Oswaldo Dias (PT) e Leonel Damo (PSDB), foi tenso, marcado por acusaçoes mútuas, mas sem grandes aprofundamentos nas principais questoes da cidade. O petista centralizou suas críticas à administraçao do ex-prefeito José Carlos Grecco, da qual Damo era vice-prefeito. Já o tucano centrou fogo na saúde.

O debate foi realizado ontem durante o telejornal SPTV Primeira Ediçao, da Rede Globo, que obteve audiência média de 14 pontos, o que representa cerca de 1,1 milhao de telespectadores na Grande Sao Paulo, com picos de 17 pontos (1,3 milhao).

No primeiro bloco, o mediador do encontro fez uma questao para ser respondida pelos dois candidatos sobre como melhorar o transporte no município, já que Mauá é uma cidade dormitório. Tanto Dias quanto Damo ressaltaram a questao da integraçao entre os transportes. "Nesse governo fizemos a integraçao bairro a bairro e pretendemos promover agora a integraçao com o transporte ferroviário", afirmou Dias. "Vamos fazer uma integraçao de verdade, integrando o ônibus, o trem e o metrô", disse Damo.

No início da rodada de perguntas entre os candidatos, o tucano foi o primeiro a questionar seu adversário. Damo enfocou a área de saúde e criticou principalmente o fechamento de postos 24 horas. "Se o senhor fizer uma pesquisa em Mauá vai ver que o primeiro item de reclamaçao da populaçao é a falta de saúde em Mauá, e o senhor é o prefeito de Mauá", disse Damo. Dias se defendeu atacando o tucano em relaçao aos investimentos quando foi prefeito ao afirmar que no governo de Damo foram aplicados apenas 3,85% do orçamento na saúde e saneamento.

As discussoes sobre o mesma tema prosseguiram durante todo o debate. Independentemente do assunto abordado no encontro, os dois candidatos sempre davam um jeito de retomar as críticas. O petista utilizou ainda a Lei de Responsabilidade Fiscal para atacar o tucano. "Com o orçamento que ele e o Grecco fizeram, se já tivesse a Lei de Responsabilidade Fiscal na época, sairiam da Prefeitura algemados para a cadeia", afirmou Dias.

Ao receber diversas críticas relacionadas com o governo Grecco, Damo tentou desvincular sua imagem da administraçao anterior. "Gostaria que o candidato falasse das atividades do meu governo, quando foram construídos 14 dos 20 postos de saúde de Mauá. Eu nao fiz o orçamento do Grecco. Como o senhor quer me comparar como vice-prefeito? Vice é cargo de expectativa. Quando ele é chamado, ele responde. Caso contrário, nao tem muito poder", afirmou Damo.




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