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Agência aposta na exportação paulista
Wilson Marini
Da APJ
16/11/2015 | 07:00
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A agência Investe São Paulo instalou na sexta-feira o Comitê Gestor do SP Export, programa estadual de incentivo às exportações. O comitê é formado por órgãos e instituições ligadas ao tema. A primeira ação será a realização do Seminário de Capacitação do Exportador, dia 4, em Campinas, reunindo pequenas, médias e grandes empresas de Americana, Rio Claro, Jundiaí e outras cidades da região. Nessa ocasião será lançado o serviço Poupatempo do Exportador, que reunirá órgãos e instituições engajados em temas como capacitação, financiamento, adequação de produtos, ações de promoção e estudos de inteligência. “Vamos despertar a cultura exportadora, mostrar caminhos e buscar soluções para cada empresa, para cada setor”, promete o presidente da agência, Juan Quirós.

Fármacos em alta
Mesmo com balança comercial deficitária, o Brasil deve ocupar nos próximos dois anos a quarta posição entre os maiores mercados farmacêuticos do mundo, segundo dados da IMS Health. Para reverter o deficit, o governo tem incentivado as PDP (Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo), atraindo o interesse para a produção nacional de biofármacos, que hoje correspondem a 12% da demanda do Ministério da Saúde, enquanto comprometem 61% do orçamento anual destinado à compra de medicamentos. A perspectiva nesse segmento sinaliza direção interessante para a expansão de parques tecnológicos do Interior, especialmente nas cidades com polos universitários.

O papel do agronegócios – 1
O Brasil deverá assumir a liderança mundial na exportação de produtos agrícolas a partir de 2024, quando a área plantada será de 69,4 milhões de hectares, segundo estudo da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), comentado em nota pela CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). Grande parte do crescimento da área plantada se dará nas culturas de cana-de-açúcar, com aumento de 37%; algodão (35%) e oleaginosas, especialmente soja (23%). Esse aumento da área plantada, segundo a entidade, é resultado do avanço da produção agrícola sobre áreas de pecuária degradada, áreas de abertura (de primeiro plantio) e principalmente do aumento do plantio da segunda safra no Centro-Oeste e nos Estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

O papel do agronegócio – 2
Alguns números em longo prazo são otimistas, no cenário traçado pela CNA. A avaliação é que o campo brasileiro avançou bastante nas últimas décadas, tendo em vista que o Brasil saiu da posição de importador de alimentos até metade da década de 1970 para ocupar lugar entre as maiores potências agrícolas do mundo. De acordo com a CNA, a evolução é resultado de produtividade agrícola que cresceu nos últimos 25 anos e do uso de tecnologia moderna. O País se tornou o terceiro maior exportador mundial de grãos, atrás apenas da Comunidade Europeia e Estados Unidos. De janeiro a setembro, as exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 67 bilhões e o setor contribuiu com 46% do total das vendas externas do País.

Planos mantidos
A Toyota confirmou o plano de inaugurar no primeiro semestre de 2016 a fábrica de Porto Feliz, no Interior, onde serão produzidos motores do modelo Etios. A futura unidade já emprega 180 funcionários e chegará a 340. O investimento previsto para a planta é de R$ 1 bilhão. Em função desse investimento, a fabricante de transmissões Aisin erguerá unidade em Itu, que fará as caixas manuais para o Etios.

Em defesa dos têxteis
A Frente Parlamentar em Defesa do Setor Têxtil e de Confecções do Estado de São Paulo reuniu-se quarta-feira com o secretário estadual da Fazenda, Renato Vilela, e técnicos da secretaria, retomando as discussões sobre os problemas do setor e a busca de alternativas no enfrentamento à guerra fiscal com outros Estados. Estes reduziram impostos como a alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Uma das preocupações apresentadas é com a migração de empresas de São Paulo para outros Estados, especialmente confecções, em busca de alíquotas de impostos menores. Nos últimos 12 meses, foram fechados 27.851 postos de emprego no setor, o que se deve também a outros fatores, como a crise econômica.




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