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Reputação em recuperação judicial
Do Diário do Grande ABC
03/09/2019 | 14:59
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Artigo

 A reputação da empresa é fundamental para definir se e o que vai enfrentar em caso de recuperação judicial. Dados levantados junto a 200 casos atendidos nos últimos cinco anos indicam série importante de mudanças dos credores em comparação com atitudes adotadas em situações semelhantes em igual período anterior. Em linhas gerais, números da dívida perderam importância em relação à qualidade de relacionamento com a empresa que se demonstra com problemas para pagamento de dívidas. Em negociações para acordos extrajudiciais, por exemplo, modo como grande varejista ou determinada indústria cuidou de relações profissionais com a cadeia de fornecedores é determinante para definir o grau de sucesso das tratativas.

Quanto mais impositivo, arrogante e desrespeitoso, pior é a perspectiva de acordos que satisfaçam as partes para lidarem, juntos, em contexto de dificuldades econômicas. E a situação torna-se pior na medida em que a empresa se vê engolfada em casos rumorosos, como de corrupção. O capital de valor intangível da reputação se esvai tão mais rápido quanto o rompimento de contratos decorrentes das análises de risco. Em ambiente ‘salve-se quem puder’, as arestas deixadas ao longo das atividades são transformadas em barreiras contra qualquer acordo. Os sorridentes agentes financeiros tornam-se verdugos. Os parceiros de negócios não retornam ligações. A cadeia de fornecedores quer receber o valor de dois anos de encomendas em dois meses. Assim, se revela, de fato, qual a qualidade do relacionamento que a empresa construiu, sobre quais bases e com quem. Dinheiro, mostra a experiência de campo, tem importância relativa na hora em que se precisa expor falhas de gestão.

Importantes redes varejistas que, ao invés de negociar, impuseram políticas de como as coisas deveriam ser, hoje só respiram porque mantêm mínimo de respeitabilidade junto à cadeia de fornecedores. Respeito esse fruto, ao que tudo indica, da relevância que demonstra ainda ter enquanto canal de venda. Entretanto, isso não tem impedido de, com frequência, se depararem com pedidos de falência.

Para enfrentar preventivamente essa situação é necessário o engajamento principalmente dos diretores, gestores, administradores em conjunto de posturas, entre as quais a adoção de programa de compliance que seja feito não só para funcionários, mas, sobretudo, para eles próprios, do alto escalão. O funcionamento da empresa deve estar em conformidade com regulamentos internos e externos. Neste escopo, afinar a política de prevenção de riscos já é bom começo para reputação da empresa, principalmente no sentido de evitar manobras de corrupção, ou até mesmo de sonegação de impostos e condutas inadequadas em relação a funcionários.

Andrea Modolin é advogada.

Palavra do Leitor

Quem não deve...
A Justiça é personificada por Têmis, divindade grega representada de olhos vendados e com balança na mão. Ela define a moral como o sentimento da verdade, da equidade e da humanidade, colocando-se acima das paixões humanas. Pois bem, no Brasil, Congresso e STF (Supremo Tribunal Federal) mais uma vez deram mostras de seu pouco caso com Têmis, um sancionando lei que torna abuso de poder a prisão de bandidos e, o outro, considerando o rito de julgamento mais importante que o crime cometido. Parece que, com o cerco se fechando aos malfeitores do País, autoblindagem é uma das poucas alternativas que restam àqueles cujo ditado que prega que ‘quem não deve não teme’ não faz sentido.
Vanderlei A. Retondo
Santo André

Verdão
Dia 27 estive em uma rua que está de frente ao estádio do Palestra Itália, por volta de 15h, a trabalho. E pude ver muitos palmeirenses nos botecos em volta. Até aí normal. Como o trânsito estava ruim, pude ouvir algumas conversas deles e estavam muitos felizes. Um deles dizia que já estava comprando ingressos para a final da Libertadores no Chile. Outros diziam de reservas em hotéis próximos. Até então não estava entendendo nada! O que essas pessoas iriam fazer lá no Chile? No dia seguinte, quarta-feira cedo, descobri: era que a final da Libertadores será lá. Mas esqueceram só um detalhe: teriam de passar pelo Grêmio-RS, o que não aconteceu. Era muita presunção desses palmeirenses acharem que já estavam na final. Vai Curintia.
Breno Reginaldo Silva
Santo André

Hora de repensar
Após os episódios das duas últimas semanas no Legislativo de São Bernardo, com os vereadores votando contra ou se abstendo da votação de cassação de vereador e a malfadada e dispendiosa recriação da Lei Minerva, que futuramente vai causar enorme gasto para o cofre da Prefeitura e previdência municipal, já se pode repensar se existe a necessidade de ter 28 vereadores na cidade. Nenhum desses dois atos teve a participação ou consulta da população municipal, simplesmente votam sem pensar nos danos públicos ou como a população pensa sobre isso. As eleições municipais estão chegando, e espero que o eleitor se lembre bem disso. Obras são mais que obrigação dos governantes, mas mais importante ainda é saber como gastar o dinheiro público. Espero que essa Lei Minerva seja revogada o mais breve possível, antes que cause mais prejuízo do que quando foi revogada anos atrás.
Maria de Lourdes Barbosa dos Santos
São Bernardo

Santo André
É revoltante a postura do senhor prefeito em relação aos servidores públicos, falta de respeito (Política, dia 31). E ainda quer culpar o Sindserv, tentar ludibriar a situação, sem diálogo com o representante da categoria. Não se esqueça, prefeito, que no ano que vem tem eleições e o servidor e sua família também votam e vamos lembrar da sua postura e suas falsas promessas de valorização de quem tanto trabalha pelo bem da cidade! Sinto-me ofendido como servidor da GCM (Guarda Civil Municipal) há 20 anos com a postura do senhor secretário!
José Pedro da Silva
Santo André

Cota
A celeuma sobre a transparência ou não da cota parlamentar dos senadores precisa findar. Que tal extinguir a cota parlamentar no Legislativo? Economizando aqui e ali as despesas serão reduzidas para obtenção do equilíbrio orçamentário, além de o salário – de R$ 33.763 – do senador ser mais que suficiente para suprir todas as suas despesas.
Humberto Schuwartz Soares
Vila Velha (ES)

Cadê as respostas?
Quem mandou matar Marielle Franco? Agora que encontraram o Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio, filho do presidente Bolsonaro, o que vai acontecer com ele? Perguntas que necessitam de respostas. Urgente!
Juvenal Avelino Suzélido
Jundiaí (SP)

Queda livre
Bolsonaro desde o início de sua gestão coleciona indignação pela sua forma soberba e grotesca de agir como presidente da República! E o resultado não poderia ser diferente, como aponta a nova pesquisa Datafolha, indicando que aumenta a reprovação de seu governo, de 33% sobe para 38%. E a aprovação, que era de 33%, ruiu para 29%. Entre a população mais rica caiu de 52% para 34%. E entre as mulheres, de 43% para 34%. Como início de primeiro mandato, o presidente Jair Bolsonaro, com a reprovação de 38%, é o pior avaliado entre os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Faria bem se, no lugar de seus delírios pessoais, que o nosso povo abomina, o presidente administrasse as nossas prioridades, já que estamos com economia pedindo socorro, ou sem vitalidade, e com mais de 25 milhões de brasileiros desempregados, subempregados e desalentados.
Paulo Panossian
São Carlos (SP)




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