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Vereadores ouvem defesa do BRT, mas mantêm preferência pelo Metrô

Frente parlamentar para discutir a Linha 18 aponta que somente o monotrilho atenderia demanda: ‘Transporte rápido sem interferência’

Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
20/06/2019 | 07:42
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Divulgação


Vereadores do Grande ABC que integram frente parlamentar regional para acompanhar as discussões sobre o futuro da Linha 18-Bronze do Metrô, que ligará a região ao sistema metroviário da Capital, receberam ontem especialista defensor do BRT (sistema de ônibus de alta velocidade, na sigla em inglês), alternativa aventada pelo governador João Doria (PSDB) para a linha. Entretanto, a maioria dos parlamentares sustenta que o Grande ABC necessita de Metrô e não de BRT.

Presidente do colegiado, o vereador Fábio Lopes (Cidadania), de Santo André, confirmou que ele e outros vereadores sustentaram que o ideal é a manutenção do monotrilho no traçado, conforme consta no contrato assinado pelo governo do Estado em 2014 com o Consórcio Vem ABC, vencedor da concorrência por PPP (Parceria Público-Privada).

“Como os vereadores conversaram, só existe uma maneira de resolver o problema, que é ter um transporte rápido sem interferência (viária, como semáforos e cruzamentos). Se tiver que construir uma estrutura específica para o BRT, que é mais pesada, acreditamos que terá um custo maior. Precisamos ter acesso ao projeto (desenhado pelo Estado), pois não sabemos o projeto do BRT nem se tem o mesmo percurso (do monotrilho)”, alegou Fábio Lopes.

O encontro aconteceu ontem de manhã no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, em Santo André. O especialista ouvido pelo bloco de vereadores foi o urbanista e consultor de trânsito e transportes Flaminio Fichmann. “Fui convidado pelos vereadores para falar sobre esse modal (BRT), não especificamente se é ou não solução para o Grande ABC. Mostrei o que tem no mundo nessa área, do ponto de vista de tecnologia e capacidade”, sintetizou.

Em março, Doria admitiu que o Estado iria iniciar estudo de viabilidade da Linha 18. Apesar de o contrato estar assinado há cinco anos, nenhum passo da obra foi dado, já que o Palácio dos Bandeirantes não obteve aval da União para contrair empréstimo internacional para as desapropriações. O tucano prometeu que até o fim de junho irá anunciar o veredicto.

A frente parlamentar quer, entretanto, entregar relatório em defesa do monotrilho ao governo do Estado antes desta data. Fábio Lopes já havia dito que na próxima semana o documento estará finalizado. A projeção foi dada na semana passada, quando o grupo ouviu o gerente de implantação do Consórcio Vem ABC, Fábio Zahr, que destrinchou o planejamento por parte da iniciativa privada.

Além de Fábio Lopes, participaram do encontro o vereador de Mauá e vice-presidente da comissão, Adelto Cachorrão (Avante), o parlamentar de São Caetano Edison Parra (PSB) e o secretário executivo do Consórcio, Edgard Brandão. 




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