Se qualquer jogador, membro da comissão técnica e/ou dirigente do Santo André for questionado sobre o rebaixamento do time à Série B do Campeonato Brasileiro, o discurso será unânime: "Enquanto houver chances, vamos buscar". As possibilidades de permanência na Série A, entretanto, estão cada vez menores e a tão ‘odiada' matemática joga cada vez mais contra o Ramalhão.

Se antes de enfrentar o Goiás os números davam 92% de chance, agora, depois da derrota (3 a 1) e a três rodadas do fim da competição, chegam a 97% - os cálculos são do professor de Engenharia da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Tristão Garcia.

Na 18ª colocação com 35 pontos, o Santo André está seis abaixo do Botafogo, primeiro time fora da zona da degola. Dessa forma, uma derrota para o Avaí, domingo, no Bruno Daniel, somada a um empate do Fogão diante do São Paulo, no Engenhão, confirma a queda andreense. Outro resultado que rebaixa o Ramalhão, caso perca para os catarinenses, é uma vitória do Fluminense sobre o já rebaixado Sport, na Ilha do Retiro.

Em ambas as combinações, as equipes cariocas abririam sete pontos do Ramalhão, que só teria mais seis a disputar. Dessa forma, a partida contra o Avaí tornou-se vital para a permanência do Santo André na elite nacional, bem como as seguintes contra Náutico (em casa) e Inter (em Porto Alegre). "São nove pontos que precisamos fazer", exigiu o volante Ricardo Conceição.

"Não desistimos de nada. Sabemos que está muito complicado, mas temos a obrigação de acreditar. Quero ajudar o Santo André a sair dessa, pois todos aqui estão apostando no meu futebol", emendou Ricardo Goulart, titular em Goiânia, mas que deve voltar à reserva com o retorno de Júnior Dutra.