Presidente estadual do PSDB, o deputado federal Duarte Nogueira declarou que a presidenciável do PSB, Marina Silva, perde por rejeitar campanha conjunta com o governador Geraldo Alckmin, que tenta a reeleição. Em visita à sede do Diário, o mandatário tucano explicou que a postura é contraditória vindo de alguém que busca chegar à Presidência com discurso de “governar com os melhores”.

“Se você quer ser presidente não pode gritar ‘xô’. Tem de ciscar para dentro. Toda posição mais radical é mais contraditória, porque acaba gerando inconveniências difíceis de explicar. Saio de São Paulo e vou ao Rio de Janeiro, onde o PSB lá foi apoiar o Lindberg Farias (PT, que concorre ao governo). Ela fala que foi um acordo que o Eduardo (Campos) fez. Aqui ela apoia o (senador Eduardo) Suplicy (PT), mas agora que ele está indo para baixo (nas pesquisas), ela começa a elogiar o (candidato ao Senado pelo PSDB, José) Serra”, disse, destacando que o candidato a vice de Alckmin é o deputado federal do PSB Márcio França.

Duarte Nogueira disse confiar em recuperação nestes últimos dias antes do pleito para colocar no segundo turno o presidenciável tucano, Aécio Neves. Pesquisa Datafolha da quinta-feira apontou a presidente Dilma Rousseff (PT) com 40%, seguida de Marina com 27% e do tucano, com 18%.

O mandatário do PSDB argumentou que Marina segue tendência de queda, já que ela tinha 35% em sondagens divulgadas logo após a morte de Eduardo, enquanto Aécio está em crescimento. “Ponto de cruzamento entre Aécio e Marina vai se dar na quinta-feira. Quem estava indo com a Marina para não deixar a Dilma ganhar porque achava que o Aécio não tinha chance está voltando.”

Apesar de as pesquisas mostrarem que a vantagem de Dilma, em eventual segundo turno, seria maior sobre Aécio do que sobre Marina, Duarte aposta no tucanato. “O PSDB deve fazer de cinco a seis governadores e o PT deve fazer no máximo quatro. A ocupação será mais favorável.”