A Seleção Brasileira Masculina de Basquete teve a vitória muito próxima ontem, na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra, mas permitiu o empate e, após duas prorrogações, não conseguiu manter o ritmo forte e a Argentina venceu por 111 a 107 pela fase de grupos da Olimpíada Rio-2016.

Assim, o Brasil se complicou de vez em relação à classificação à próxima fase. A equipe do técnico Rubén Magnano possui apenas uma vitória em quatro jogos e não depende mais das próprias forças para passar de etapa.

Precisa vencer a Nigéria amanhã, às 14h15, e torcer por derrota da Espanha para a Argentina, um pouco mais tarde (19h), o que daria a classificação aos brasileiros no confronto direto, primeiro critério de desempate. Mesmo assim, o risco de queda na sequência é imimente, já que, em quarto lugar, deve encarar os Estados Unidos nas quartas de final.

Em um jogo cheio de rivalidade histórica, as torcidas deram show nas arquibancadas e ficaram longe de confusão. A organização reforçou o policiamento para a partida e nenhum incidente foi registrado.

O clima de paz começou, propriamente, em quadra, quando os capitães Marcelinho Huertas, do Brasil, e Luis Scola, da Argentina, quebraram o protocolo oficial e pediram para que os torcedores se respeitassem, o que, de fato, ocorreu.

O JOGO

No primeiro quarto os donos da casa não entraram ligados, os hermanos aproveitaram a instabilidade do time de Magnano e abriram nove pontos, com grande atuação de Nocioni.

Com a Seleção mal em quadra, o técnico mexeu na formação e as entradas de Giovanonni e Vitor Benite deram outro gás à equipe, que foi para o intervalo vencendo por 52 a 44.

Nos dois períodos finais, os brasileiros decaíram de qualidade e a Argentina encostou até empatar em 85 a 85, provocando prorrogação.

No primeiro tempo extra, houve equilíbrio, o que gerou outra prorrogação. Mas aí apareceu Campazzo, que, com duas bolas de três pontos – 33 no total –, enterrou as chances de triunfo do Brasil. O cestinha foi Nocioni, com 37.

Feminino diz adeus com outra derrota; Iziane e Adrianinha deixam as quadras

No adeus das experientes Iziane e Adrianinha, a Seleção Brasileira Feminina de Basquete repetiu outra vez os erros das demais partidas e se despediu da Olimpíada do Rio-2016 sem sequer uma vitória. Desta vez, as donas da casa foram superadas por 79 a 76 pela Turquia, após duas prorrogações, a exemplo do que aconteceu com o time masculino.

Iziane, 34 anos, vai agora se dedicar à carreira política e tocar projeto social em São Luís, Maranhão. “Pretendo trabalhar em tudo o que for possível para ajudar fora das quadras o basquete feminino. Quero continuar em São Luís atuando com as equipes de lá, auxiliando da melhor forma e, principalmente, incentivando essa criançada nova, trabalhando com base, com projeto social”, disse ela após o jogo.

Já Adrianinha, 37 anos, quer ser treinadora. “Estou tendo a oportunidade de trabalhar em projetos sociais com crianças. Pretendo aprender a estar do outro lado. Não é porque joguei que sei ser técnica. Então, estou me preparando para ver se tenho potencial para ser assistente técnica ou técnica”, declarou ela, emocionada. MD (com Agências)