Política Titulo Editorial
O engodo de Kiko
Do Diário do Grande ABC
23/01/2020 | 23:49
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Explorar a boa-fé de qualquer cidadão com finalidade eleitoral é o que de pior pode existir no vale-tudo político. A prática se torna ainda mais inconveniente quando exercida contra pessoas humildes. Todavia, na falta de resultados práticos para apresentar, e ante a incapacidade de acobertar a ineficiência da gestão, ainda é comum observar que muitos administradores continuam apostando no engodo das falsas promessas. Ocorre no Brasil todo – e em especial em algumas cidades do Grande ABC. Foi o que aconteceu, aliás, com os 50 munícipes de Ribeirão Pires que acreditaram na palavra do prefeito Adler Kiko Teixeira (PSB) de que iriam conseguir emprego.

Depois de aguardar por muito tempo, eis que o grupo foi chamado para, em 6 de janeiro, começar a atuar no Programa Auxílio Desemprego, a roupagem de marketing criada pela gestão Kiko para denominar a frente de trabalho municipal. A alegria durou exatos dois dias, quando os 50 trabalhadores foram informados de que os contratos seriam rescindidos – e, pior, as 48 horas de dedicação não seriam remuneradas.

Para conter a insatisfação dos cidadãos, representante do prefeito, o secretário Adriano Dias Campos (Administração), prometeu aos demitidos que iria alocar parte do pessoal nas vagas disponibilizadas pelo Atacadão, bandeira mercadista que está para ser inaugurada no município. Embora o anúncio tivesse aplacado a frustração das pessoas, tratava-se, mais uma vez, de mentira deslavada da administração! Em nota enviada ao Diário, a empresa do grupo Carrefour negou acordo com a Prefeitura de Ribeirão Pires neste sentido.

Trata-se de postura condenável da administração Kiko Teixeira, que chega ao último ano de governo sem ter no que se amparar, além de uma eficiente equipe de comunicação que tenta transformar o óbvio em grandes feitos. Triste para a população de Ribeirão Pires, que enxergava no então candidato do PSB alternativa ao trágico governo realizado por Saulo Benevides (2013-2016).</CF> Quatro anos depois, difícil distinguir quem é pior. 




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