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Detidos suspeitos de atentado contra sede da ONU em Bagdá
Da AFP
20/11/2003 | 14:42
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A polícia iraquiana prendeu "vários suspeitos", diretamente vinculados ao atentado contra a sede das Nações Unidas, em Bagdá, que causou 22 mortos em 19 de agosto passado, entre eles o alto representante da ONU em Bagdá, o brasileiro Sérgio Vieira de Mello.

"Prendemos vários suspeitos vinculados ao atentado contra o quartel-general da ONU, que estamos interrogando", informou nesta quinta-feira o dirigente da polícia e vice-ministro do Interior, o general Ahmad Kazem Ibrahim.

"A investigação continua; não posso dar mais detalhes, para conseguir prender todos os responsáveis pelo ataque. Em todo caso, o autor do atentado estava muito bem informado, e já posso afirmar que ele veio de fora do Iraque", explicou Ibrahim.

O general criticou a ONU por ter contratado guardas sem ter previamente consultado a polícia. "Depois do atentado, durante a investigação, descobrimos que cinco destes guardas eram ex-agentes dos serviços de inteligência iraquianos (mukhabarat)", revelou Ibrahim, especificando que, após terem sido interrogados, os cinco 'mukhabarat' foram libertados.

O vice-ministro do Interior iraquiano admitiu a dificuldade de determinar a nacionalidade dos suspeitos de atentados no país árabe. Em 27 de outubro, em menos de uma hora, cinco carros-bomba haviam explodido contra a sede do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e quatro delegacias de Bagdá, matando 43 pessoas. Outro carro foi interceptado a tempo, e seu motorista preso.

"A pessoa que prendemos perto de uma delegacia de Bagdá dirigindo um veículo com mais de uma tonelada de TNT se declarou sírio, e nos apresentou um passaporte sírio", ressaltou o general. "No entanto, durante o interrogatório, descobrimos que ele vinha, na realidade, do Iêmen, mas não temos provas definitivas. Ainda estamos investigando para determinar seu verdadeiro país de origem", explicou.

Da mesma forma, a nacionalidade do autor do atentado com carro-bomba, que matou em agosto passado o aiatolá Mohammad Baqer Hakim, líder do Conselho Supremo da Revolução Islâmica no Iraque (CSRII) e outras 82 pessoas, ainda não foi determinada.

"Prendemos um wahhabita, e ele nos disse que era saudita, mas pode vir de outro país. Todos eles têm passaportes falsos, e mentem muito bem. No entanto, temos informações sobre os verdadeiros responsáveis", garantiu Ibrahim.




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