O estudante universitário Adriano Saddi Lima Oliveira, 23 anos, acusado de mandar matar a própria mãe, Marisa Saddi, 46 anos, para ficar com a herança, se entregou nesta terça-feira à policia. Oliveira confessou o crime na última sexta, mas não pôde ficar preso por conta da lei eleitoral, que só permite a prisão em flagrante nos dias próximos as eleições.

 O Denarc (Departamento de Investigações sobre Narcóticos) desvendou o crime por acaso. Durante operação em Cotia, interior de São Paulo, policiais prenderam um traficante que disse saber de tudo sobre a morte da empresária. Ele revelou que o motorista da família, Cristiano Borges Ferreira, 24, havia contratado, a mando de Adriano, dois assassinos profissionais para executar Marisa.

Crime – Adriano disse à polícia que gerenciava os negócios da mãe, detentora de diversos imóveis pela capital, e que lhe dava uma mesada de R$ 20 mil. Porém, nos últimos meses, ela teria exigido mais dinheiro – algo em torno de R$ 60 mil -, fato que levou o estudante a imaginar que Marisa estava sustentando o novo namorado.

Alegando estar com medo da deterioração do patrimônio da família, o filho mandou matar a mãe. Ele, então, procurou o motorista da família, que utilizou um intermediário para contratar dois assassinos.

O motorista e o homem que contratou os assassinados receberam R$ 40 mil cada pelo serviço.

Marisa foi rendida dentro da casa dela, em um condomínio de alto padrão em Carapicuíba (SP), e levada até a beira de uma estrada em Várzea Grande Paulista, onde foi executada.