Não foi bem digerida a declaração do ex-prefeito e ex-secretário de Saúde de Diadema José Augusto da Silva Ramos (PSDB) sobre possibilidade do apoio do tucanato à reeleição de Lauro Michels (PV) sem indicação da vice.

Atual vereador e líder do governo Lauro na Câmara de Diadema, Zé Augusto disse que a “questão era eleger” o verde, independentemente de participação ativa na chapa majoritária.

“Eu conheço e respeito o Lauro, mas o partido só decidiu apoiá-lo com a certeza de que teremos a vice. Já abrimos mão de candidatura própria e queremos que a legenda cresça, que as bancadas de vereadores aumentem e, para isso, precisamos disputar eleição”, reclamou o coordenador regional do PSDB, Márcio Canuto.

No fim do ano passado, houve discussão entre Lauro e a cúpula do governo do Estado para obter o apoio do PSDB na eleição. Até então, o verde teria se comprometido em dividir a legenda com um tucano – o nome mais forte era o da mulher de Zé Augusto, a ex-vereadora Maridite Cristóvão de Oliveira. Porém, nos últimos meses, Lauro ampliou o leque de vice, cogitando indicar o vereador Márcio da Farmácia (PV) ou, se avançar o diálogo, oferecer o posto ao também parlamentar Vaguinho do Conselho, hoje pré-candidato a prefeito pelo PRB.

Maridite resiste em ser vice e Zé Augusto está escalado para puxar votos ao PSDB na campanha a vereador. Outra opção seria o presidente da Casa, José Dourado (PSDB), mas a alta direção do Paço avalia que ter Dourado como vice pouco amplia a base política do verde.