Política Titulo Caso de polícia
PSC desfaz filiação de Marcel Munhoz
Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
01/05/2016 | 07:00
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O PSC de São Caetano desfez a filiação do vereador Marcel Munhoz, que voltou a integrar oficialmente os quadros do PPS. O parlamentar estava na sigla popular-socialista há cinco anos, era presidente do diretório local, mas no mês passado foi integrado ao partido social-cristão irregularmente.

O caso foi parar no 2º DP (Santa Maria) de São Caetano, onde inquérito contra o partido, hoje presidido pelo pré-candidato ao Paço Aparecido Viana, foi aberto. Munhoz foi procurado por dirigentes do PSC, que pediram desculpas ao parlamentar e alegaram ter cometido equívoco com a sua filiação. O vereador, porém, acredita que o ocorrido não foi por acaso. “Tentaram me prejudicar. Minha filiação no PPS voltou a ficar regular, mas a polícia vai continuar investigando quem foi que me filiou sem minha autorização”, discorreu o parlamentar.

Na quinta-feira, o Diário mostrou que, além de Marcel, outras figuras políticas da cidade de vários partidos teriam sido inscritas no PSC. Segundo o Diário apurou, cerca de 100 nomes foram filiados sem autorização, incluindo integrantes do governo do prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) e da oposição.

Responsável pelo credenciamento de novos filiados no PSC, o tesoureiro do partido Caique Marcatti Calimerio sugeriu que Munhoz e os outros filiados tenham assinado “sem conhecimento” ficha de ingresso no partido. Calimerio, porém, alegou que o nome do parlamentar possa ter “passado despercebido” ao analisar a proposta de novas filiações. “Eu acompanho nome por nome (de novo filiado) e encaminho para o cartório”, justificou.

A adesão irregular de Marcel no PSC poderia complicar o parlamentar na busca pela reeleição. A minirreforma eleitoral promovida em 2013 eliminou a existência de dupla filiação – motivo de inelegibilidade –, mas caso demorasse para perceber o erro, seria forçado a disputar o pleito pelo PSC.

Até dezembro do ano passado, Calimerio presidia a legenda na cidade. Defensor de projetos conservadores e alinhado à direita, o partido tem tímida representatividade em São Caetano. Na eleição de 2014, a legenda recebeu na cidade 3.417 votos (3,76%) para deputado federal, 1.042 votos (1,17%) para deputado estadual. Então presidenciável do partido, Pastor Everaldo recebeu parcos 268 votos. Já no pleito de 2012, não elegeu nenhum vereador. No ano passado, ficou representado temporariamente pelo parlamentar Eder Xavier, que recentemente migrou para o Pros.




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