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Oposição busca reverter votos na Casa e evitar venda de terrenos de Santo André

Legislativo analisa projeto que autoriza leilão de 9 áreas públicas; amanhã tem votação definitiva

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
25/04/2016 | 07:00
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A bancada de oposição na Câmara de Santo André busca angariar votos na tentativa de derrubar o aval ao projeto do governo Carlos Grana (PT) da venda de nove terrenos públicos na cidade. Dentro da primeira votação, na terça-feira, a proposta obteve aprovação por 15 votos favoráveis a seis contrários. A segunda e definitiva apreciação ocorre no dia 26 e necessita também de apoio qualificado em plenário, ou seja, mínimo de 14 adesões. Com o sinal positivo, o Legislativo autoriza o Executivo a leiloar as áreas.

Entre as críticas há falta de garantia textual da destinação dos recursos e dilapidação do patrimônio do município para aliviar as contas da administração petista.

O Paço pretende levantar aproximadamente R$ 28 milhões com a negociação dos espaços. Os vereadores Luiz Zacarias (PTB), Edson Sardano (PTB), Marcos Pinchiari (PTB), Ailton Lima (SD), Almir Cicote (PSB) e Evilásio Santana, o Bahia (DEM), votaram pela queda da proposta. “Sou contra e acredito que é possível reverter esse quadro na terça-feira (amanhã). De forma consciente, entendo que cabe reavaliação de alguns parlamentares. Se houve equívoco, corrige. Não vejo problema nisso”, alegou Zacarias, ao mencionar que há pressão da sociedade para reprovar a matéria. Existe já encaminhamento de eventual emenda para inclusão de somente áreas pequenas, excluindo as de grande porte.

No documento, há um terreno na Avenida Industrial, esquina com a Rua General Canavarro, com 7.685 metros quadrados, considerado área nobre, avaliado em R$ 16,7 milhões. Outro na Avenida Giovanni Batista Pirelli, de 3.287 metros quadrados, ao custo de R$ 6.015 milhões. E também na Avenida Loreto, na Vila Luzita, com 1.169 metros quadrados, ao valor de R$ 1,423 milhão.

Ailton Lima endossou as palavras do colega. Segundo ele, o projeto “dá a impressão de que estão colocando a cidade em liquidação”. “Não temos segurança de como será revertido esse dinheiro.”

A administração petista atesta que as áreas se referem a locais sem utilização pela Prefeitura e que aplicará os recursos da venda para pagamento de precatórios – dívidas judiciais. O Paço gasta quase R$ 6 milhões ao mês com a despesa.




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