Às 16h, no Moisés Lucarelli, Água Santa e Ponte Preta fazem confronto direto contra o rebaixamento para a Série A-2. Ambas têm 16 pontos, mas a Macaca ocupa a 13ª posição, uma à frente do Netuno pelo saldo de gols superior (0 a -6). Faltando apenas duas rodadas para o fim da primeira fase da competição, as equipes tratam o duelo como final pela permanência na elite, mesmo que um empate possa livrá-las da degola caso os resultados ajudem – são necessários o revés do XV de Piracicaba e, ao menos, igualdades de Oeste, Botafogo, Mogi Mirim e Capivariano.

Outro ponto de semelhança é a preparação das equipes. O Água Santa foi para Sorocaba após o duelo contra o Ituano, quarta-feira, e desde então está focado no confronto de hoje. A Ponte Preta também antecipou a concentração para a manhã de ontem, em vez de reunir os atletas à noite, como tradicionalmente ocorre.

Mesmo com os clubes estando em situações tão parecidas, o meia Tchô acredita que a equipe de Campinas é favorita, mas ressaltou que o Netuno tem facilidade em jogar nos contragolpes.

"Ela (Macaca) vai ter que propor o jogo e sair para o ataque, e nós jogamos bem esperando o adversário e explorando o contra-ataque. Vamos com esse pensamento de jogar certo na marcação para sair em velocidade”, avaliou o atleta.

Um dos fatores que faz a Ponte Preta ser ofensiva é a chance de classificação para a segunda fase. Apesar de ocupar a lanterna do Grupo B, a Macaca está somente a três pontos do líder Ituano, que soma 19. “Independentemente da projeção, é pensar em vencer o Água Santa, com todo o respeito que merece, pois é um time que luta muito”, desconversou o técnico Alexandre Gallo, ex-Santo André.

Por outro lado, a estratégia montada pelo Água Santa pode se mostrar acertada, porque um dos problemas do rival é justamente a condição física de seus atletas. Muitos jogadores estão estafados, o que pode fazer a diferença a favor dos diademenses, principalmente a partir da segunda etapa.

Bittencourt mantém esquema tático

Para o duelo de hoje, o Água Santa não poderá contar com o polivalente Sérgio Manoel, expulso diante do Ituano na quarta-feira. Mesmo sem o jogador mais valoroso no seu meio de campo, o técnico Márcio Bittencourt manterá o esquema com três meias e dois atacantes utilizado no último duelo.

O meia Éder ganhou a vaga e formará tridente ao lado de Tchô e Francisco Alex. O trio, além de responsável por municiar os atacantes Everaldo e Bruninho, também terá de ajudar na marcação para não sobrecarregar Russo, que retorna após cumprir suspensão e fica a cargo de ser o cão de guarda diademense.

A tática deu certo contra o Ituano, especialmente na segunda etapa, com a entrada de Éder na equipe. O Netuno pressionou a equipe de Itu, mas parou no goleiro Fábio e não conseguiu a vitória.

Outra alteração é a saída do lateral-direito Pedro Henrique para a manutenção de Serginho na equipe. O volante, xodó da torcida do Água Santa pela identificação com o clube que defende desde o início da era profissional, será improvisado no setor, como fez na quarta-feira. Como o titular tem apenas 18 anos, o treinador do Netuno optou por mais segurança defensiva no duelo que pode livrar a equipe de Diadema do risco do rebaixamento.