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AD Santo André quer fazer bonito no Grand Prix de Judô

Equipe conta com dois atletas olímpicos para mais importante torneio interclubes do Brasil

Felipe Simões
Do Diário do Grande ABC
07/11/2015 | 07:00
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Ricardo Trida


Tem início hoje, no Ginásio Mané Garrincha, na Capital, o 12º Grand Prix Nacional de Judô, competição interclubes mais importante do calendário da modalidade. Uma das 12 equipes que disputam o título é a AD Santo André, que participará com dez atletas, sendo dois deles da Seleção Brasileira, que brigam por vaga nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro: o são-bernardense Luiz Revite, 28 anos, da categoria 66 kg, e Walter Santos, 33, que luta entre os que têm mais de 100 kg. Eles estão emprestados pela Associação de Judô Rogério Sampaio, de Santos, e pelo São Caetano, respectivamente, fato que o regulamento permite.

A ambição andreense é terminar entre os quatro melhores e avançar à fase final da competição. “A gente sonha com o que é palpável, que é ficar entre os quatro. Brigar entre os três já é mais difícil por conta do tamanho do investimento desses clubes”, avaliou José Gildemar Carvalho, supervisor de judô do clube de Santo André.

Porém, a parada promete ser dura porque outras equipes também contam com atletas do ciclo olímpico. O Pinheiros, da Capital, tem em seus quadros Leandro Guilheiro, com dois bronzes olímpicos (2004 e 2008), enquanto o Minas Tênis Clube, de Belo Horizonte, possui Luciano Corrêa, campeão mundial da categoria acima de 90 kg.

“É bom para saber como meus adversários estão, para saber o que falta e fazer um planejamento visando o ano que vem. Muitos atletas que vão lutar o Grand Prix estarão na Olimpíada. É uma competição-teste para 2016”, afirmou Walter Santos, que já foi campeão da competição três vezes por São Caetano.

Já Luiz Revite tem motivação extra para brigar pelo título da competição. “Nunca fui campeão, já fui segundo e terceiro. Isso serve de motivação a mais para você ter um bom desempenho e ter esse título no currículo”, destacou. “É muito legal competir em alto nível. E serve de preparação para as próximas competições”, concluiu.

O clube vencedor do Grand Prix enfrentará a seleção de Portugal em um desafio promovido pela CBJ (Confederação Brasileira de Judô).

Jovens utilizam competição para adquirir experiência

Se para os atletas experientes o Grand Prix é uma boa oportunidade de testar os adversários, para os jovens é uma chance de evoluir e ganhar experiência. A AD Santo André também será representada por Gabriel Rusca de Oliveira (até 90 kg) e Breno Alessi Almeida (até 73 kg), ambos de 20 anos.

“Esta competição é importante e tem uma visibilidade boa porque a comissão técnica da Seleção Brasileira está observando. Tem uma repercussão boa nacionalmente e internacionalmente, e você pode pegar no quimono de atletas medalhistas olímpicos e mundiais”, afirmou Oliveira.

“Já passei da fase de idolatrar (os judocas consagrados) e já os vejo como adversários. Caso eu lute com algum atleta deste nível, é fazer o melhor desempenho possível. E por que não ganhar? Tem de entrar respeitando, mas não demais, porque senão você se menospreza”, completou ele, que vai para o quarto Grand Prix da carreira.

“É bom ter uma competição nacional deste porte para a gente ver nosso desenvolvimento e nosso nível, o quanto falta para chegar neles (atletas consagrados)... É fundamental para o nosso desenvolvimento no judô”, destacou Almeida.




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