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Preço da cesta básica cai em São Paulo

Economia em maio foi de apenas R$ 1,30; valor médio para encher carrinho fica em R$ 317,57

Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
18/06/2011 | 07:27
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Batata, frango resfriado, arroz e ovos brancos foram os alimentos que mais contribuíram para que a cesta básica em São Paulo registrasse leve recuo de 0,41% em maio, mostra pesquisa do Procon-SP. A soma dos 31 produtos pesquisados foi R$ 317,57.

A explicação para a queda de 23,05% no valor da batata é que a colheita no Triângulo Mineiro, que ocorreria em março, foi prejudicada pelas chuvas. "A safra saiu da lavoura em abril, mas ainda havia estoque do legume. O resultado é que oferta elevada derrubou os preços", aponta a técnica da entidade Helena Gerencer.

Desta forma, o quilo do produto que era vendido por R$ 2,82 no fim de abril passou para R$ 2,17 no mês passado. Mas o cenário do preço nos cinco primeiros meses do ano é inverso. É contabilizada alta de 37,34%, pois o item era vendido por R$ 1,58 no fim do ano.

O levantamento do Procon-SP em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos considera os valores mínimos praticados nos supermercados dos itens para chegar ao montante médio.

Outra queda importante ocorreu no preço do frango resfriado inteiro, que ficou 10,12% mais barato, passando de R$ 4,05 para R$ 3,64. Como o produto é substituto da carne nas refeições, o recuo no valor da proteína bovina acaba atingindo a ave. Em 2011, o preço dessa carne caiu 17,65%, pois custava R$ 4,42 em dezembro.

No caso do arroz, a redução ocorre desde janeiro e em maio não foi diferente, com o cereal ficando 5,16% mais barato. Vendido por R$ 6,43 no mês passado, o alimento acumula deflação de 15,28%. Já na dúzia do ovo branco foi verificado recuo de 4,39% com preço médio de R$ 3,27.

ALTAS - O alho lidera o avanço nos preços com 13,8%. Helena salienta que pelo terceiro mês o produto fica mais caro, com valor médio do quilo de R$ 17,56. O preço do item é influenciado pela China, maior produtor mundial, onde a cotação do produto está em alta. Além disso, as lavouras em Goiás registram queda 15,38%.

O segundo maior aumento foi do desodorante spray com embalagem de 100 ml. O valor médio subiu de R$ 2,23 para R$ 2,34, 4,93%. A salsicha, também rica em proteína, teve o preço pressionado, passando de R$ 4,73 para R$ 4,51.

Na região, produtos também têm queda

 

Na pesquisa feita pela Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André teve queda de 0,21%, com os consumidores gastando R$ 362,71. A economia no bolso foi ínfima, R$ 0,78 a menos frente ao mês anterior.

Igualmente em São Paulo, os hortifrúti registram queda importante nos preços, com destaque também para a batata, laranja, ovos, arroz e frango resfriado. A liderança ficou com a fruta, cujo valor do quilo ficou 18,1% menor frente a abril, custando em média R$ 1,58. No caso da batata, houve queda de 3,61% com o valor médio de R$ 2,40 nas prateleiras.

Arroz e frango, por exemplo, ficaram 1,31% e 3,26% mais em conta, com preços médios nos estabelecimentos da região de R$ 6,42 e R$ 3,83. A cesta pesquisada pela Craisa contempla 34 produtos para o consumo de uma família composta por quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças, no período de 30 dias.

No período, os produtos que tiveram maior alta foram o leite (6,93%), seguido do tomate (6,69%), sabonete (6,49%) e carne bovina de segunda (4,96%). Sobre o leite o engenheiro agrônomo da Craisa Fábio Vezzá De Benedetto diz que os pecuaristas estão pressionando os laticínios a pagar mais pela bebida. "Quando o reajuste não ocorre, a produção diminui e culmina na elevação dos preços ao consumidor".

 

 

 




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