O setor de máquinas do País está ameaçado e pode haver corte de 50 mil postos de trabalho até o fim do ano. Para tentar achar soluções e evitar o problema, a Abimaq (Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos) e as centrais sindicais se reuniram na tarde de ontem.

No encontro, a associação apresentou os resultados do primeiro trimestre de 2009. "São números preocupantes. Em comparação com o mesmo período do ano passado, o faturamento do setor despencou 33%", destacou Carlos Alberto Grana, presidente da CNM (Confederação Nacional dos Metalúrgicos).

Segundo Mário Bernardini, assessor para assuntos econômicos da Abimaq, o setor precisa de ajuda imediata. "Estamos realmente preocupados. Desde o início da crise, o setor que empregava 250 mil trabalhadores, perdeu 15 mil postos de trabalho", enfatizou.

O presidente da CNM prometeu ajuda. "Vamos interceder junto ao governo estadual e agendar uma conversa com o governador José Serra", destacou.

O dirigente criticou a demora de tomada de atitude. "Há exatos três meses, o governador anunciou que iria beneficiar alguns setores com redução de tributos, porém até agora nada aconteceu", cobrou Grana.

Segundo a Abimaq, a ociosidade média da capacidade instalada nas indústrias do setor é de 40%. "Não podemos pagar para ver, precisamos agir. O setor de máquinas foi um dos únicos que ainda não recebeu estímulos tributários, vamos lutar por isso", prometeu Grana.