A Vale do Rio Doce bateu em 2007 o quinto recorde consecutivo de lucro, com o expressivo saldo de R$ 20,006 bilhões. O valor representa quase cinco vezes o do resultado que iniciou a série, em 2003, que foi de R$ 4,509 bilhões. É também mais de 48% superior ao lucro de 2006.

A receita operacional da mineradora, a segunda maior do ranking mundial, deu um salto triplo no período, passando de R$ 20,9 bilhões em 2003 para R$ 66,4 bilhões em 2007.

O resultado da companhia foi divulgado nesta quinta-feira ao mercado financeiro como resultado de um “processo sustentado por contínua melhoria do desempenho operacional e financeiro, maior diversificação do portfólio de ativos e globalização de suas operações”.

O aquecimento internacional do mercado foi suficiente para anular os efeitos da desvalorização de 17,3% do dólar no ano passado, que reduziu em R$ 4,588 bilhões o resultado das vendas da empresa, a maior exportadora líquida do País. A Vale respondeu sozinha por 28,8% do superávit da balança comercial brasileira no ano passado.

Em 2007, a Vale, até muito recentemente bastante concentrada na produção de minério de ferro, obteve recordes em nove diferentes produtos e conseguiu um mix mais dividido de suas operações. O minério de ferro continua como a principal produção, agora com a companhia mais presente do níquel, alumínio e cobre, principalmente.

A empresa tem uma previsão positiva para 2008, graças ao “dinamismo das maiores economias emergentes”, como China, hoje o principal mercado de suas mercadorias. De todas as vendas no ano passado, os chineses participaram com 17,5% do faturamento da Vale. O Brasil foi o segundo, com 14,6%, seguido de Japão (11,3%) e Estados Unidos (10,7%).