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Seis meses depois da adesão, Cartão Recomeço não avança

Segundo Prefeitura, nenhum usuário de drogas aceitou ser internado para reabilitação

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
01/02/2014 | 07:00
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Seis meses após ter aderido ao Cartão Recomeço, programa do governo do Estado, nenhum dependente químico de Diadema foi internado para reabilitação.

Desde a assinatura do convênio, em julho, apenas uma clínica demonstrou interesse em ofertar 15 vagas para internação voluntária em comunidade terapêutica. Mas nenhum dos usuários de drogas atendidos pelos Caps AD (Centro de Atenção Psicossocial Álcool de Drogas) da cidade manifestou interesse no projeto.

Diadema é o único município da região a participar do projeto, que disponibiliza R$ 1.350 mensais por até 180 dias de internação para comunidades ou abrigos conveniados que receberão os dependentes químicos. A cidade atende 1.376 pacientes no Caps, sendo que 20% deles são dependentes de crack, público preferencial do projeto.

Por meio de nota, a Prefeitura informou que a única clínica interessada fica em Santo André e que o município está em processo de encaminhar pacientes para essas vagas a partir do Caps. A administração informou ainda que verifica a possibilidade de inscrição de mais uma entidade em município vizinho, São Bernardo, para ampliar o número de vagas disponibilizadas.

A cidade destacou que oferece atendimento aos usuários de drogas em regime 24 horas, junto à atenção básica, por meio da discussão dos casos, atendimentos compartilhados, visitas domiciliares e cuidado aos casos mais graves. No Caps, o tratamento oferecido é individualizado, direcionado de acordo com a necessidade do paciente e pode contemplar desde acolhimento, atendimento médico psiquiátrico, terapêutico em grupos, individual com profissional de referência, além de visitas domiciliares, discussão e encaminhamento em rede, além de atendimento familiar.

A escolha das clínicas prestadoras de serviço é feita a partir de dois critérios básicos. Além de passar por vistoria física, a unidade deverá oferecer protocolo de atendimento e profissionais em áreas como assistência social, psicologia, terapia ocupacional e oficinas terapêuticas. Os valores referentes ao tratamento dos usuários serão repassados diretamente para as conveniadas.

O programa é destinado para maiores de 18 anos que queiram ser atendidos. Em todo o Estado, serão beneficiadas 3.000 pessoas, aproximadamente. O projeto piloto, cuja porta de entrada é o Caps AD, prevê investimento de R$ 4 milhões.

Os critérios para a escolha das cidades contempladas foram o tamanho da rede de referência em assistência social e saúde e a localização. 




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