O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) recebe até o final deste mês o projeto técnico para a criação de um moderno centro de desenvolvimento tecnológico para atender ao Pólo de Cosméticos de Diadema. Considerada uma iniciativa fundamental para aumentar as exportações e aumentar a qualidade dos produtos sobretudo das pequenas empresas, que não dispõem de estrutura para pesquisas, o centro deve custar algo entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões, segundo estimativas de Renê Lopes Pedro, presidente do Pólo. Ele acredita que o centro tecnológico deverá gerar cerca de 200 empregos em um primeiro momento.

O banco solicitou detalhamento do projeto e pede preliminarmente algumas informações, como o serviço exato que será prestado, quanto vai ser cobrado das empresas e qual o volume preciso de recursos necessários para a montagem do laboratório. Esse último item vai depender do formato do projeto, se vai apenas prestar laudos ou fazer exames de eficácia, os considerados mais caros no mercado.

O presidente do Pólo afirma que o laboratório será uma estrutura à disposição dos fabricantes que não têm condições de implantar controles internos e dependem de serviços terceirizados, o que acaba por encarecer ainda mais os custos das empresas. Além disso, serão realizados no centro testes de qualidade dos produtos e segurança, além de desenvolvimento de projetos. “O empreendimento vai ajudar a consolidar uma imagem positiva de Diadema, que tem seu nome associado à indústria da beleza e referência em produtos de qualidade.”

Na opinião do coordenador geral do Pólo de Diadema, Ricardo Fioravante, o centro poderá atender também empresas de maior porte. “A estrutura a ser implementada, com equipamentos modernos, poderá ser melhor do que dispõem individualmente as grandes empresas. Além disso será mais um recurso com custo dividido e mais barato para todos”, acrescenta. A idéia inicial é prestar serviços para empresas do pólo de cosméticos e posteriormente estender para indústrias de outras áreas de atuação.

Excelência – O Pólo Brasileiro de Cosméticos surgiu há quatro anos com a proposta de fomentar o crescimento das empresas do setor e proporcionar melhores condições de concorrência no mercado nacional e no exterior. No final do ano passado se constituiu formalmente como uma entidade jurídica e representa mais de 100 empresas da cadeia de cosméticos, das quais 65 participam como membros ativos. As empresas geram na cidade cerca de 8 mil empregos diretos e 3 mil indiretos, respondendo por 3% da arrecadação municipal.