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Briga entre aliados pode adiar recesso
Leandro Laranjeira
Do Diário do Grande ABC
30/06/2009 | 07:32
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Um novo problema envolvendo vereadores de PSDB e DEM de Santo André pode adiar o recesso parlamentar na cidade. O prefeito Aidan Ravin (PTB) esperava a aprovação, em primeiro turno, de três projetos na semana passada para, na sessão de hoje - última prevista antes das férias dos vereadores -, as matérias serem votadas em definitivo.

Mas um desentendimento entre o líder de governo, Marcelo Chehade (PSDB), e os democratas Evilasio Santana dos Santos, o Bahia, e Geraldo da Silva Souza, o Isqueiro, não permitiu um acordo para a votação. Resultado: apenas uma das proposituras foi discutida.

Hoje, os parlamentares terão duas sessões, sendo uma extraordinária, para definir o impasse. Chehade não acredita na necessidade de adiamento do recesso. "Está tudo certo para a votação. Os vereadores tiraram as dúvidas que ainda restavam hoje (ontem, em reunião da bancada aliada com o Executivo)."

PSDB X DEM - O clima entre tucanos e democratas é tenso. A briga envolvendo Chehade, Bahia e Isqueiro não foi a primeira que opôs os dois aliados em nível federal. Os democratas já haviam criticado Paulinho Serra (PSDB) por este não concordar com a maneira como Executivo e parte do Legislativo discutiam espaço de aliados no governo.

No caso envolvendo Chehade, a situação complicou e os vereadores trocaram ofensas publicamente.

Bahia classificou o tucano como "um coitado que não sabe o que fala". Ele se referia ao fato de Chehade ter dito que o "DEM era incoerente e agia politicamente, contra a cidade".

Irritado com a declaração, Isqueiro, atual líder dos democratas, rebateu Chehade. "O incoerente na história é ele, que não tem jogo de cintura com ninguém e dificulta o processo. É um líder que não deveria estar no lugar onde está", esbravejou.

Isqueiro lamentou a postura de Chehade porque, segundo ele, o líder do governo não teria aceitado nem mesmo discutir uma emenda que o DEM tinha a intenção de propor ao Refis - para o prefeito utilizar parte da arrecadação para pagamento de precatórios, suspensa por ser inconstitucional.

A réplica de Chehade veio em seguida. "Acho que ele (Isqueiro) também não é capacitado para ser um monte de coisa. Sou médico. Quanto à liderança de governo, realmente estou aprendendo. Mas eles também deveriam aprender um pouco como ser vereador."

Ontem, na reunião semanal da base aliada com o Executivo, Chehade cobrou postura do governo quanto ao DEM. "Preciso saber se eles estão ou não com a gente. Não posso ser líder de pessoas que não querem liderança. Além disso, não é possível ser situação e independente ao mesmo tempo. Mas, pelo que entendi, as coisas estão resolvidas, e eles são sustentação", emendou.




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