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A História de São Bernardo em crônicas

A história da cidade de São Bernardo narrada em crônicas ligeiras, e verdadeiros, por um filho da cidade, Dionízio Pessotti

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
07/02/2010 | 00:00
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A história da cidade de São Bernardo narrada em crônicas ligeiras, e verdadeiros, por um filho da cidade, Dionízio Pessotti. Mais ainda: um livro ilustrado por desenhos do próprio autor que nos levam a São Bernardo de 60, 70, 80 anos atrás. O resultado é um pequeno tesouro, que contribui para a construção da memória local.

A maioria das histórias foi testemunhada por Dionízio Pessotti, muitas acompanhadas bem de perto, outras narradas por são-bernardenses da sua maior confiança.

PÉROLAS
BATATEIRO - O autor oferece uma nova versão para o termo "batateiro". Seu irmão mais velho, o historiador Attílio Pessotti, contara que o apelido nasceu da rivalidade histórica do futebol entre São Bernardo e Santo André no tempo do trenzinho do Pujol, anos 1920; Dionízio, o irmão caçula, acrescenta que a rivalidade política dos anos 1940 consagrou de vez a expressão.

SONS DA VILA - No livro, o malho na bigorna do Gigim Bonini: ouvem-se as batidas ecoadas de uma ferraria em plena Rua Marechal Deodoro.

MOINHOS - A São Bernardo dos móveis e automóveis, do Paço e do Rodoanel, do trólebus e dos fundos de vale embutidos, já teve moinhos de fubá. E mata-burros.

MARECHAL - Todo trânsito entre São Paulo e Santos passava pela Rua Marechal Deodoro: financistas, barítonos, menestréis, jogadores do Santos e do Jabaquara, industriais e empregados, ricaços e pobretões, todos eles passaram defronte à capelinha da Boa Viagem e, muitos, tiraram o chapéu em respeito fazendo o Sinal da Cruz.

FAUNA - A crônica do passarinho é insuperável. O menino Dionízio não acertava nenhum passarinho, que debochava dele. Seu coração não o perdoaria em caso de ferir, mesmo que levemente, um pássaro qualquer.

CENÁRIOS - A venda dos Capassi, o caminhão do Sacilotto, Wallace Simonsen percorrendo a Marechal Deodoro rumo à Prefeitura, o benzedor Visintainer, o alfaiate Dante, três bandas no Largo da Matriz, um clássico das Colônias entre o Vinte de Setembro e o Sossega Leão, dois casais de "batateiros" perdidos em São Paulo.

O AUTOR - Dionízio Pessotti é marceneiro, músico e compositor. Tocou na Corporação Musical Carlos Gomes, cuja sede guarda várias partituras de músicas que ele fez. Ele é casado com Ondina Flutuoso de Campos e tem duas filhas. Lourdes, formada em Comunicação, foi quem editou o primeiro livro do pai.

Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, de São Bernardo, abriu concurso de composição de música sacra. Os concorrentes devem apresentar composições inéditas para órgão e voz solo, ou órgão e coral misto a quatro vozes. A obra deverá ter no máximo cinco minutos com texto em português. Prazo máximo para a entrega: 31 de maio de 2010. Informações: edital no site da Igreja Matriz: www.pnsbv.com.br .

SANTOS DO DIA
Coleta (religiosa belga: 1381-1447), Eugênia Smet, Ricardo de Toscana (monarca inglês falecido em Luca, Itália, em 722) e Teodoro.

Na estampa, São Romualdo, cuja data é celebrada em 19 de junho. Era italiano (956-1027). Fundou conventos, entre os quais o de Campo Maldoni, na Toscana, que deu origem à Ordem dos Camaldulenses, por ele criada.

Crédito da estampa: acervo: Vangelista Bazani (Gili) e ‘João de Deus Martinez.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS
Quinta-feira, 7 de fevereiro de 1980

Manchete - Governo limita os investimentos das empresas estatais

Futebol - Corinthians e Ponte empatam em 0 a 0. Decisão do Paulista de 1979 fica para domingo.

Carnaval 80 - Leopoldina do Samba defende a cultura brasileira nos desfiles da Faria Lima, em São Bernardo.

Economia - São Bernardo promove o quarto encontro de empresários do Grande ABC.

Editorial - Funcionalismo é o termômetro da popularidade

Primeiro Plano (Eduardo Camargo) - Montante da dívida externa assusta.

EM 7 DE FEVEREIRO DE...

1895 - Vereador Luiz Pinto Flaquer Júnior propõe a instalação do primeiro aparelho telefônico na região.

Trabalhadores
Nascem em 7 de fevereiro:

1 - Acácio Augusto. 1898. Natural de Padroim, Portugal. Industriário da J. B. Duarte. Residência: Ribeirão Pires.

2 - João Bianchini. 1903. Natural de Campinas (SP). Destilador da Rhodia Química. Residência: Avenida Antonio Cardoso, 1188, Santo André.

3 - Manoel Rodrigues de Almeida. 1916. Português. Industriário da Rhodia Química. Residência: Rua Dr. Vieira de Carvalho, 61, Vila Santa Terezinha, Santo André.

4 - João Rodrigues Teixeira. 1918. Industriário da Rhodia Química. Residência: Rua Manoel Padre Manoel de Paiva, 160.

5 - Manoel Pereira Fialho. 1919. Natural de Guaratinguetá (SP). Industriário da Rhodia. Residência: Rua Henrique Souza Moraes, 310.




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