Em busca da quinta vitória seguida no Campeonato Paulista, o Santos enfrenta a Ponte Preta, às 18h30 de hoje, na Arena Barueri, pela décima rodada. A partida será também a última do Peixe longe de casa após a reforma do gramado da Vila Belmiro.

O Santos terá o retorno do goleiro Rafael. Ele esteve ausente dos dois últimos jogos na competição. Além do arqueiro, o meia Paulo Henrique Ganso e o atacante Neymar fazem a última partida pelo clube antes de se apresentar à Seleção Brasileira, pela qual vão disputar amistoso contra a Bósnia, na Suíça, na terça-feira.

A dúvida do técnico Muricy Ramalho é no meio campo. Íbson deve ser novamente titular no lugar de Elano. Tal situação já vem causando polêmica no clube.

Sem ter bom relacionamento com o treinador, Elano teria confessado a amigos próximos que Muricy não tem cumprido as promessas em relação à sua escalação no time titular e ainda teria dito que é difícil estar em rota de colisão, pelo fato de o comandante ser consagrado no futebol.

A polêmica é amenizada pelo treinador. "Eles sabem como vejo o futebol. Não tenho mania, só vejo o que o cara faz no treino e no jogo. É assim, jogo a jogo. É uma briga, essa posição não está definida", disse Muricy.

Embora ainda esteja longe de apresentar o futebol que encantou o País no ano passado, os atletas entendem que o time está perto do ideal, após conquistar quatro vitórias seguidas no Paulistão.

"Acredito que estamos chegando próximo ao ideal para as competições. A equipe está vencendo e convencendo, há maior equilíbrio entre defesa, meio e ataque. Fazemos gols e tomamos poucos, estamos evoluindo a cada partida", comentou o volante Arouca.

Segundo o camisa cinco as partidas do Paulistão têm o mesmo peso das pela Copa Libertadores da América. "Jogo do Estadual vale tanto quanto da Libertadores. É importante vencer para não deixar os adversários se distanciarem lá na frente ao chegarmos na reta final da competição", completou.

PONTE PRETA

O zagueiro Wescley, o atacante Márcio Diogo e o meia Caio são os desfalques da Macaca para a partida. Ferron fica com a vaga na zaga, enquanto Leandrão assume o posto no ataque.

E, para o meio campo, o time terá o retorno do meia Renato Cajá. "Ele está em momento espetacular e espero que esteja bem para a partida", disse o técnico Gilson Kleina.

Clube lança relógio do centenário

Em mais uma de suas ações visando a comemoração dos 100 anos de fundação, o Santos inaugurou ontem, na Praia das Bandeiras, o relógio do centenário.

Com cinco metros de altura, o relógio faz contagem regressiva para a data que marca os 100 anos do clube, comemorados no dia 14 de abril. Na hora da inauguração, faltavam cerca de 1.000 minutos para o dia da festa.

A cerimônia contou com a presença do presidente do clube, Luis Álvaro de Olibeira Ribeiro, o vice Odílio Rodrigues, e políticos da cidade de Santos.

No momento em que inaugurou o relógio, Luis Álvaro abriu taça de champanhe. "Espero não levantar só essa taça no centenário", brincou o mandatário.

Após a data comemorativa, o relógio passará a contar os gols marcados em toda a história do Peixe. Até o momento, o Santos tem 11.762 registrados.

Na mira da torcida, Roger fica no banco

Contestado pela torcida ponte-pretana desde sua chegada ao clube, o atacante Roger terá a primeira oportunidade hoje, contra o Santos. Mas o técnico Gilson Kleina optou por deixá-lo, inicialmente, na reserva.

Apesar de começar a partida no banco, Roger tem grandes chances de ser utilizado no decorrer dos 90 minutos. O treinador reconheceu isso durante a semana e elogiou o desempenho do jogador nos últimos treinamentos.

"Agora vejo o Roger em condição de atleta. Claro que ainda precisa melhorar, mas ele já ganhou muito em mobilidade. E ele também é um jogador importante pela experiência que tem. Tenho certeza que, se precisar dele, vai dar conta do recado", afirmou Kleina.

Em sua terceira passagem pela Ponte Preta, Roger é visto com desconfiança pela torcida após ter vestido a camisa da torcida organizada do rival Guarani, quando defendeu o Alviverde.

Nas últimas duas vezes em que a Macaca atuou em casa, contra Oeste e Ituano, a torcida protestou com faixas repudiando a contratação. Tais manifestações deixaram Kleina preocupado.

"A gente não pode chegar para jogar e ter ambiente contra jogador nosso. Assim não dá. O time precisa de apoio", disse o técnico. Para a partida, a Ponte vai estampar novo patrocinador nas mangas da camisa.