Cultura & Lazer Titulo Cinema
Para questionar clichês

Curta de suspense estreia hoje em Diadema; entrada é franca
e ingressos serão distribuídos com uma hora de antecedência

Luís Felipe Soares
Do Diário do Grande ABC
25/02/2012 | 07:02
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Cansado de ver filmes de suspense que não condiziam com sua realidade, Paulo Carvalho resolveu desenvolver seu próprio roteiro. Suas ideias sobre o obscuro e o sobrenatural serão apresentadas hoje à noite, com o lançamento do curta-metragem 'Aluga-se'. A sessão ocorre às 20h, no Cine Eldorado (Rua Frei Ambrósio de Oliveira Luz, 55. Tel.: 4059-5146), no Centro Cultural Eldorado, em Diadema. A entrada é franca e os ingressos serão distribuídos com uma hora de antecedência.

Morador da cidade, ele faz sua estreia na direção e aproveita projeto especial promovido pela sala para receber lançamentos locais (os interessados devem entrar em contato com o espaço). Grande fã de cinema desde criança, o agora cineasta já trabalhou como programador do Cine Eldorado e resolveu se aventurar em sua própria produção. "Sempre quis estar próximo do cinema, mas nunca pensei que poderia fazer um filme. "Quero saber se sirvo para criar além de apenas assistir aos títulos." Carvalho irá avaliar se fez um bom trabalho logo após a exibição, quando participará de bate-papo com o público.

O filme acompanha a história de rapaz que chega na cidade sozinho e aluga a casa de misterioso homem. Sua estadia no local será marcada por estranhos acontecimentos envolvendo maldições e fantasmas que assombram o imóvel.

O diferencial do filme, que nasceu durante brincadeira de assustar em sua família, é que ele deixa de lado a maioria dos clichês dos suspense para aproximar mais o público do enredo. "Minha proposta é fazer com que as pessoas vejam a casa delas no filme. A luz do luar não entra na minha janela e não tem penumbra pela minha casa", ressalta Carvalho, que fez questão de a classificação etária ser livre, não apresentando cenas com sangue, violência e sexo. "Se eu conseguir fazer pelo menos uma pessoa olhar com receio para a própria casa, vou ficar feliz."

OBRA INDEPENDENTE
Tudo foi feito de maneira independente, com o realizador tendo a ajuda de maquiadores, editores e elenco para viabilizar o projeto. Sua casa e o Bar do Zé, no centro do município, serviram de cenário. Os gastos foram arcados pelo bolso do diretor. Apesar da obra ter 23 minutos de duração, cerca de quatro meses de filmagens foram necessários - sem contar os três meses para a elaboração do roteiro.

Mas a falta de dinheiro não foi problema. Segundo ele, "consegui sentir a essência do cinema independente, que era o que realmente estava buscando. Se já tivesse o dinheiro não teria essa experiência."




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