Outras empresas do Grande ABC participam de projetos para o desenvolvimento de combustíveis alternativos. A International Engines, de São Bernardo, por exemplo, faz pesquisas em parceria com o Ladetel (Laboratório de Desenvolvimento de Tecnologias Limpas), da USP, para utilização do biodiesel na mistura com o diesel extraído de petróleo nos motores. A DaimlerChrysler tem em São Bernardo o centro de competência mundial da companhia para desenvolvimento de motores a gás natural. E a Eletra, do mesmo município, fechou recentemente parceria com a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e a Induscar-Caio para produzir o primeiro ônibus brasileiro movido a célula de hidrogênio até meados de 2006.

Em relação ao biodiesel, trata-se de uma alternativa de matriz energética que deverá chegar em breve ao mercado. Lei sancionada no início deste ano  estabelece que nos próximos três anos será autorizada a adição de 2% (B2) de biodiesel ao diesel de petróleo. A partir de 2008, a mistura B2 será obrigatória.

Para o diretor da SAE Brasil Jean Marques Gomes, uma das preocupações é que o país tenha um programa de controle dos estoques do biodiesel. Mas ele vê o biocombustível como tendência para o médio prazo. Em relação à célula de hidrôgenio, ele considera que será a tecnologia do futuro. "Mas uma coisa é a tecnologia no estado da arte e outra o que o mercado pode absorver", diz.