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Pinacoteca sedia mostra de longa duração
Sara Saar
Do Diário do Grande ABC
13/10/2011 | 07:00
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Com a proposta de traçar um panorama da arte brasileira, do período colonial aos anos 1930, a mostra CF51Arte no Brasil /CFserá inaugurada na Pinacoteca do Estado, em São Paulo, no sábado.

Com curadoria de Ivo Mesquita, a exposição reúne cerca de 500 obras que integram o acervo do museu entre pinturas, esculturas, desenhos, gravuras e fotografias, produzidas por nomes como Almeida Junior, Cândido Portinari e Lasar Segall.
 
Desta seleção, cerca de 300 trabalhos passaram por processos de conservação e restauro no decorrer do último ano.

A mostra, que ocupará todo o segundo andar do edifício, sucede a exposição que foi inaugurada em 1998 e ficou em cartaz até dezembro de 2010. Durante o período sem montagem, o espaço expositivo foi readequado com troca de piso, além de aprimoramento dos sistemas de climatização, iluminação e segurança.

Obedecendo à ordem cronológica, a mostra oferecerá ao público uma leitura sobre a formação da visualidade artística e a constituição de um sistema de arte no Brasil.

SALAS EXPOSITIVAS
O percurso expositivo se estenderá por 11 salas. Na primeira, intitulada "A Tradição Colonial", produções contrapõem a tradição artística do Brasil colonial, relacionada ao tema religioso, à imaginação europeia com relação ao País. Em seguida, na sala "Os Artistas Viajantes", pode ser observado conjunto de pinturas, que foram criadas entre 1820 e 1890.
 
Elas pertencem a artistas estrangeiros que introduziram no cenário nacional gêneros consagrados anteriormente na Europa como a natureza morta.

Na terceira sala, chamada "A Criação da Academia", trabalhos de nomes como Jean-Baptiste Debret e Zéphéryn Ferrez, artistas da Missão Francesa de 1816, ilustram a instauração de um sistema artístico. Na sequência, na sala "A Academia no Fim do Século", estão reunidas produções de professores e alunos da academia, feitas entre 1890 e 1915.

Já a sala "O Ensino Acadêmico" lança reflexão sobre o sistema de ensino nas academias de belas artes a partir de aspectos como a viagem à Europa como prêmio da principal competição proposta pela instituição. Mais adiante, a sala Os gêneros de Pintura mostra a extensão e a longevidade do modelo francês.

Na sétima sala, chamada "A Pintura de Gênero", obras de Almeida Junior e outros artistas mostram a consolidação de gosto tipicamente burguês no Brasil, no fim do século 19. Adiante, obras oriundas de lotes de doação podem ser conferidas em duas salas, ambas intituladas "Das Coleções Para o Museu".

A penúltina sala, "Um Imaginário Paulista", propõe reflexão sobre a imagem que São Paulo procura projetar sobre si a partir do fim do século 19. Por sua vez, na sala "O Nacional na Arte", obras de diferentes períodos questionam a criação de um ideário nacional nas artes.

OUTRAS EXPOSIÇÕES

A Pinacoteca do Estado sediará quatro exposições temporárias a partir de sábado. Uma delas é "Viajantes Contemporâneos", que apresenta dez obras de nomes como Cildo Meireles e Vicente de Mello. Os trabalhos foram criados pelos artistas na condição de viajantes em programas como residências e bienais.

Outra mostra é "O Nu Além das Academias", com 35 produções, entre desenhos e pinturas, de Anita Malfatti e Flávio de Carvalho, entre outros. O foco é a importância do nu na formação artística.

Já "O Lugar da Arte: Almeida Junior e Pedro Alexandrino" apresenta 15 trabalhos dos primeiros nomes a ganhar projeção no cenário nacional a partir de São Paulo. Por fim, "Saudade pela Ausência" mostra postais, documentos, publicações pertencentes à coleção do pesquisador Rubens Fernandes Junior. Todas ficam em cartaz até 1º de julho de 2012.


Arte no Brasil Exposição. Abre no sábado, às 11h. Na Pinacoteca do Estado de São Paulo - Praça da luz, 2, São Paulo. Tel.: 3324-1000. Visitação: terça-feira a domingo, das 10h às 18h. Ingr.: R$ 6 (grátis aos sábados). Em cartaz por tempo indeterminado.




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