O motivo do protesto era contra o 'Firmazo', uma consulta sem a aceitação do Supremo Tribunal Eleitoral do país que recolherá assinaturas a favor de uma lei que reduza o mandato presidencial de seis para quatro anos e convoque eleições.

O 'Firmazo' convocou 11 milhões de pessoas a irem às urnas, mas a tentativa foi frustrada pela Justiça. Neste domingo à noite será anunciada a suspensão da paralisação geral que já dura mais de dois meses. Porém, o fim da greve não engloba o setor petrolífero, o mais importante do país.

Comemoração - O presidente Hugo Chávez cantou, neste domingo, vitória por ter derrotado a greve da oposição contra ele, lançada há exatamente dois meses, e ignorou a consulta popular de coleta de assinaturas convocada desde cedo por milhares de opositores para promover saídas constitucionais a fim de tirá-lo do poder.

"Derrotamos definitivamente uma nova intentona desestabilizadora, uma nova tentativa perversa, criminosa para afundar a Venezuela, o governo e para acabar com o Estado", disse Chávez no seu programa radiofônico semanal.

Chávez disse também que a produção de petróleo está em quase 1,8 milhão de barris diários, mais da metade de sua produção normal.

O relaxamento da greve, que começou em 2 de dezembro, acontece após as negociações de sexta-feira conduzidas pelo Grupo Amigos da Venezuela liderado pelo Brasil e pelos Estados Unidos.