Política Titulo Reclamação
Vereadores criticam alta no repasse ao Consórcio
Leandro Baldini
Fábio Martins
18/11/2014 | 07:00
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Vereadores da região criticaram a falta de diálogo de prefeitos integrantes do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, que apresentarão os Orçamentos às Câmaras com aumento no valor do repasse das prefeituras para o caixa da entidade. Há município que quase vai dobrar a quantia da transferência para incrementar a peça orçamentária do colegiado em 2015.

Parlamentares ouvidos pelo Diário contestaram a decisão quase que unilateral dos chefes de Executivo em separar aporte do município para destinar ao Consórcio Intermunicipal. Legisladores creditaram como “nebulosa” a opção dos gestores e muitos reclamaram do fato de terem sido informados pelo Diário, que antecipou o caso ontem.

“Fui informado pelos jornais. Deveria ter ocorrido diálogo. Já havia solicitado requerimento ao prefeito para detalhamento dos recursos para a lei das contribuições, mas fui ignorado. Esse aumento de repasse ao Consórcio foi feito na canetada”, alfinetou Fábio Palacio (PR), de São Caetano.

O governo Paulo Pinheiro (PMDB), de São Caetano, vai acrescer em 87,5% (de R$ 2,4 milhões para R$ 4,5 milhões) a verba. O maior aumento está na gestão Saulo Benevides (PMDB), de Ribeirão Pires, que vai transferir R$ 1 milhão (antes foram R$ 529 mil, salto de 95%). No total, o Orçamento do Consórcio vai sair de R$ 19 milhões para R$ 35 milhões, 77% a mais.

“Não vejo atuação do Consórcio que mereça esse tratamento. Considero que continua sendo clube de prefeitos que não efetivou nada de relevante até agora. Órgão inerte. No Orçamento da cidade, a Prefeitura apenas comunica o aumento. Não há defesa das razões do porquê isso é necessário. Fica de forma nebulosa”, criticou Ailton Lima (SD), de Santo André.

A falta de diálogo foi criticada por vereadores de Diadema e Mauá. “O prefeito não falou nada. Precisa passar pela Câmara para sabermos todos os detalhes orçamentários, a relação custo-benefício disso. Estamos no aguardo por debate com a Câmara, que é fundamental antes da execução de um planejamento assim”, afirmou o diademense Josa Queiroz (PT). “Não tomamos conhecimento ainda na Câmara. É necessário que tenha essa explicação com os vereadores”, salientou José Dourado (PSDB), também de Diadema.

“Achei absurdo. Vou exigir diálogo do prefeito para explicar todo esse aumento, tendo em vista que o Consórcio recebe recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)”, contestou Manoel Lopes (DEM), de Mauá.

Julinho Fuzari (PPS), de São Bernardo, avaliou que Marinho passa “rolo compressor” no debate. “Se o prefeito de São Bernardo não respeita nem estatuto, como vamos acreditar que ele vai respeitar as Câmaras?”

Governistas em suas cidades, Eduardo Leite (PT-Santo André) e Rômulo Fernandes (PT-Mauá) amenizaram a situação e defenderam o fortalecimento do Consórcio.




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