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Clio vence nos acréscimos
Marcelo Monegato
Do Diário do Grande ABC
23/03/2011 | 07:02
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Em tempos de veículos chineses armados de boa relação custo-benefício, Renault Clio e Chevrolet Celta resistem ao tempo apostando em uma combinação que faz muito sucesso entre os brasileiros: preço competitivo e pouco recheio, coberto de grande quantidade de confiança e credibilidade de anos no mercado nacional - algo de que os novatos orientais ainda não desfrutam.

Por isso, resolvemos colocar estes dois veteranos da indústria automobilística brasileira frente a frente para comparativo de versões com duas portas. E logo de cara, ao confrontarmos os preços, percebemos que o equilíbrio será o mediador do duelo. O Celta LS parte de R$ 26.115, somente R$ 35 a menos que o Clio.

Passamos o olho nas listas de equipamentos de série em busca de algumas diferenças e as mais relevantes que encontramos são favoráveis ao Renault, que entrega ar quente e protetor de cárter - opcionais para o Chevrolet. Travas e vidros elétricos são acessórios no Celta e opcionais no Clio. Porém, ambos não oferecem itens de segurança, como freios com ABS e air bag duplo. E pensar que o Clio, quando chegou ao País, trazia ambos de série. Direção hidráulica e ar-condicionado são opcionais nos dois.

Rodando, eles são parecidos. O Celta traz agradável motor 1.0 VHCE Flexpower de até 78 cv de potência e 9,7 mkgf de torque, quando abastecido com etanol. O Clio, por sua vez, traz sob o capô bloco 1.0 16V Hi-Flex que é 1 cv menos potente (77 cv) e 0,5 mkgf mais forte (10,2 mkgf).

Mas em virtude de um câmbio em melhor sintonia com o propulsor, o Chevrolet mostra agilidade superior na cidade, com acelerações e retomadas vigorosas. Diga-se de passagem, a caixa de transmissão do Clio tem engates longos e duros, que causam desconforto.

Internamente, os dois se equivalem. A atualização pela qual passou o Celta em fevereiro trouxe novo revestimento dos bancos, além de grafismo e iluminação do painel de instrumentos, mas manteve resquícios do passado, como peças com rebarbas e mal encaixadas. O Clio é mais sóbrio, mas assim como o oponente, abusa do plástico.

Em termos de espaço interno, os centímetros a mais do Clio não refletem vantagem em conforto. Ambos são apertados para os grandalhões. E mesmo menor, o Celta tem ainda insignificantes 5 litros a mais de porta-malas.

Por fora, o Renault patina. Tem o mesmo visual há anos e não dá sinais de que deva mudar radicalmente em breve. O Chevrolet ainda deu um tapa no visual, mas, assim como o Clio, precisa de novidades mais profundas e modernas.




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