Política Titulo Interlocução
Grana estuda indicar Araújo para exercer posto de líder do governo

Prefeito andreense deve escolher nome de aliado dias antes do retorno do recesso parlamentar

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
08/01/2014 | 07:02
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Nario Barbosa/DGABC


O prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), iniciou plano para efetivar um vereador fora do petismo como líder do governo na Câmara a partir deste segundo ano de gestão. Apesar do mistério em torno da escolha, o nome favorito é do vereador José de Araújo (PMDB). No sétimo mandato, o peemedebista é o parlamentar mais experiente da atual legislatura. “A estratégia é designar alguém de fora (do PT), ampliando (a força). (Abrir espaço) É lógica que deu certo (no governo)”, justificou o secretário de Relações Institucionais, Tiago Nogueira (PT).

Sem contabilizar a ala petista, com cinco integrantes, sobram poucas opções, uma vez que a maioria da base é formada por novatos no Parlamento. Araújo esteve na posição na administração Aidan Ravin (PSB). Na gestão do ex-petebista, ele também ocupou a presidência do Legislativo. Com a derrota do socialista na eleição de 2012, o peemedebista trocou de lado. Agora, sofre processo de comissão de ética interna do PMDB, acionado pela executiva de Santo André, que requer sua expulsão ao alegar infidelidade partidária.

Grana é o único chefe do Executivo do Grande ABC que até o momento ainda não elegeu nome para a função – apesar disso, teve 70 projetos aprovados no ano passado. A proposta é contemplar quadro da base aliada para tentar solidificar a bancada, que atualmente conta com 14 dos 21 integrantes, e buscar tranquilidade nas votações. A tática é idealizada pela gestão desde a posse. A indicação do Paço deve acontecer antes do retorno do recesso parlamentar, em fevereiro.

A decisão caberá estritamente ao prefeito. “Na volta das atividades é evidente que teremos reunião com os vereadores, seja da base aliada como dos 21, para discutir o novo formato. Nada está definido”, afirmou Grana. No ano de debutante, o petista sofreu no primeiro quadrimestre devido à formação de bloco independente, composto por 12 parlamentares, o que atrapalhou a evolução do diálogo com a Câmara. Somente em abril, ao conquistar a governabilidade, ele preferiu aguardar para “sentir o aprendizado.”

“Pelo que conversamos, teremos definição na última semana de janeiro”, alegou Tiago, responsável pela interlocução entre Executivo e Legislativo. “A nossa consideração (dentro do governo) é que ajuda ter liderança na Casa. A bancada (de sustentação) é ampla, por isso contribui para encaminhar os projetos”, disse, complementando que a administração vê o papel como “oficial de tropa” ao comandar as ações do Paço.

MEA-CULPA
A vereadora petista Bete Siraque foi quem exerceu informalmente a função em 2013. Nesse período foi questionada pela oposição. Tiago fez mea-culpa do Paço, frisando que foi “um erro” não instituir a correligionária mesmo que interinamente. “Ela foi bem, mas não tinha legitimidade. Isso prejudicou.” Grana citou que Bete “correspondeu às expectativas”. “Ela tem todos os atributos para cumprir essa tarefa, assim como outras que, eventualmente, poderão surgir ao longo do mandato.”
 




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